Contos para ouvir, fichas-jogo para pintar, um colar cheio de significado para construir e uma exposição para conhecer no conforto de casa, são as atividades sugeridas pelo Museu do Oriente.

A Casa Sagrada - ou Lulik

Na tradição timorense, a Casa Sagrada - ou Lulik - une passado e presente, o mundo dos vivos e o dos antepassados. É um repositório de memória e sabedoria antigas, espaço privilegiado para receber e honrar os antepassados, cuja presença se faz sentir em cada objeto.

Aqui acontecem as cerimónias e rituais ligados aos momentos que marcam a vida - do nascimento à morte - dos indivíduos e, por consequência, das suas linhagens. Apesar da diversidade regional, as casas sagradas estão presentes em todo o território de Timor Leste, desempenhando um papel de relevo na coesão da comunidade, no reforço dos elos intergeracionais e na relação com o divino.

Em “Uma Lulik – A Casa Sagrada Timorense”, o Museu do Oriente convida a desvendar os significados e simbologias de uma Lulik, numa ficha em duas partes, para ler e pintar.

Uma história para ouvir em família

Para ouvir em família, “Timor, a ilha do crocodilo” apresenta a origem lendária da ilha de Timor, numa história contada por Susana Mendonça, monitora do Serviço Educativo do Museu do Oriente.

Um menino aventureiro e um crocodilo idoso cruzam os mares em busca do local onde o sol nasce. Para celebrar a sua amizade, convida-se a construir um disco dourado muito especial. Conhecido em Timor como Belak, este disco simboliza o Sol.

Feito de ouro, prata ou cobre, o disco é usado suspenso ao pescoço, num colar, sendo um dos objectos mais preciosos de uma linhagem ou família.

Belak
Belak créditos: Museu do Oriente

Com cartão pintado ou revestido a papel de alumínio, papel celofane, purpurinas ou pintado de amarelo vibrante, desafia-se à criação de um Belak em família, para representar a fascinante ilha onde o sol nasce e onde o crocodilo é, ainda hoje, venerado como um antepassado.

Exposição “Presença Portuguesa na Ásia” para ouvir

As tradições culturais de Timor, que o Museu do Oriente mostra em permanência na exposição “Presença Portuguesa na Ásia”, versam o culto dos antepassados e as representações do sagrado.

Duas das peças mais emblemáticas do núcleo dedicado a Timor, a Estátua Equestre Funerária e as Facas de Cordão Umbilical podem ser conhecidas em detalhe, sem sair do conforto de casa, em versão podcast:
https://soundcloud.com/yourpodcast/facas-de-cordao-umbilical
https://soundcloud.com/yourpodcast/estatua-equestre

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