Assim como aconteceu com outras figuras públicas, também Cláudio Ramos fez questão de assinalar o Dia Mundial da Televisão, este sábado, 21 de novembro. Neste dia especial, o apresentador da TVI recordou o seu início no pequeno ecrã.

"Passaram 22 anos disto. [...] A televisão. Deu-me tantas coisas boas, tirou-me outras tantas, a verdade tem que ser dita. Abdiquei de muito. Valeu-me a pena, porque é ainda a minha paixão, o meu pulsar", começou por escrever.

"Há dias, o Goucha dizia-me ‘ainda tens, passados estes anos todos, o brilho nos olhos de quem começa’. Verdade! Entrego-me por inteiro e pago um preço alto por isso. Nunca quis outra coisa. Aqui, a minha estreia pela mão do Nicolau Breyner. A contracena com a Margarida Cardeal e a generosa Anita Guerreiro", acrescentou, referindo-se às imagens que partilhou na mesma publicação.

"Sempre achei que o importante era fazer bem. Independente do tamanho do papel ou do programa. Continuo a achar o mesmo! Em 1998, era um carteiro que dizia pouco e às vezes nada. Fazia 400 km para gravar isto. Esperava horas. Ganhava 4 contos (vinte euros). Os meus amigos não entendiam porque fazia aquilo. Diziam que era absurdo que gastava muito mais do que ganhava e que nunca ia passar daquilo. Confesso que tive dias em que quase lhes dei razão. Tive outros em que enfrentei as coisas como se fosse um touro. Fui indo. Fui procurando espaço. Fui desbravando. Aprendendo. Fui-me convencendo que desistir não seria opção, porque na primeira quebra a sério podia ficar sem sonho. E depois o que fazia eu sem sonhos?", acrescentou.

"Também tive duas ou três pessoas que apoiaram sempre. Mesmo duvidando, apoiaram sempre. E foi importante. Muito importante. Vim sempre que me chamaram. Fui sempre para casa feliz e grato por um dia ter mandado uma carta a dizer que seria um bom carteiro. Valeu-me a pena. Está à vista de todos, para lá de números e valores que quando se acredita mesmo, quando se está convencido que é o caminho, vale a pena", continuou.

Antes de terminar, destacou: "Obrigado à Vida, por me ter feito perceber que a televisão não é um electrodoméstico. A televisão, quando bem feita, honrada, apreciada é o coração de muitas casas. Eu vejo-a assim há muitos anos. Obrigado a vocês, que são os meus espectadores e nunca me falharam neste tempo todo. E este tempo todo já é qualquer coisa, não?".

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