"Há quem aplauda, quem ache necessário, quem diga que foi erro, que não devia ser ouvida. Esta divisão de opinião compreende-se": É desta forma que Cristina Ferreira começa uma publicação na sua conta de Instagram na qual, uma vez mais, explica o que a levou a fazer uma entrevista a Maria das Dores, condenada por ter mandado matar o marido.

"Raramente ouvimos vítimas ou agressores. É difícil. Não há ainda em Portugal essa cultura de falar. Há medo. O tribunal faz o que tem de ser feito. À sociedade resta o saber da notícia sem outros 'pormenores'", defende.

"Não tenho carteira [de jornalista] mas nestes 15 anos de trabalho nunca me esqueci daquilo que aprendi em 4 anos de licenciatura. E no jornalismo ouvem-se sempre as partes. Sem julgamentos. Que esse é deixado ao local próprio. Dar a conhecer, apenas isso", sublinha.

"Para que se perceba a linha tão ténue entre o amor e o ódio. Maria das Dores nunca tinha cometido um crime. Até ao dia...", completa.

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