Pedro Laginha foi o convidado deste sábado do programa 'Alta Definição', onde falou do período mais negro da sua vida. Há cinco anos, o filho do ator, Afonso, foi diagnosticado com um tumor na coluna, dando assim início a uma luta pela vida.

"Fomos fazer uma ressonância e descobriram uma coisa dentro dele. Podia ser benigno, podia ser maligno, tinha de ser tratado para ontem. No momento que te dizem uma coisa destas, tu reequancionas a vida toda. De repente equacionas o teu filho ir à tua frente, o teu filho a morrer. Isso é destruidor", começou por dizer.

Pedro continuou, prestando um tributo a todas as pessoas - doentes, pais e profissionais - com as quais privou durante o tratamento do filho no IPO.

"O IPO é muito duro porque acabas por conviver com realidades, com crianças que têm cancro, com os pais das crianças que têm uma força sobre-humana - é impressionante a força que estes pais têm e o tão pouco apoiados que são - e depois os excelentes profissionais do IPO, que são pessoas super humanas", referiu.

Questionado sobre o que dizia ao filho durante o processo, o ator revelou que - em acordo com a mãe de Afonso - foi decidido não lhe contar de que doença se tratava: "A nossa opção era não lhe dizer. Era dizer: ‘Apareceu uma coisa, tem de ser resolvido’. Tinha 11 anos na altura, não ia saber lidar com isso".

"Felizmente", o tumor diagnosticado a Afonso era benigno e foi superado após uma operação. Ao recordar o momento da cirurgia, Pedro confidenciou que fez uma 'promessa' ao filho como forma de o encorajar.

"Uma forma que arranjei de lhe dar força foi dizer-lhe que deixava de fumar um dia depois da operação dele. E deixei. Claro que já voltei, passado um ano e meio. Mas na altura isso deu-lhe muita força porque sentia que não era só ele que estava a passar [por uma dificuldade], o pai também estava. Ok que é outra escala", rematou.