Helena Sacadura Cabral abriu esta terça-feira, 19 de outubro, o coração numa conversa profunda com Manuel Luís Goucha. Um dos momentos mais emocionantes foi quando a escritora lembrou a morte do filho, Miguel Portas, que aconteceu a 24 de abril de 2012, na sequência de um cancro do pulmão.

"O meu filho Miguel quando morreu, do lado da minha família, portanto Sacadura Cabral, queríamos fazer serviços religiosos, do lado Portas não, o Miguel não era religioso à época da sua morte", conta.

"Quando isso aconteceu eu disse 'não quero criar um problema familiar, cumprirei todas as regras, porque há filhos', e portanto, quando há filhos os pais amocham e os filhos entendem que o funeral seja cívico e civil, portanto aconteceu", lembra.

Ainda assim, Helena e o filho, Paulo Portas, pediram para que fosse realizada a missa do sétimo dia pela alma de Miguel. Na altura foi o Cardeal Tolentino a fazer a referida missa.

"O nosso encontro foi na missa por alma do Miguel. A partir daí eu disse: 'Cardeal Tolentino, só vou aguentar isto, aguentar esta dor, se você me der colo, se não me der colo acho que sucumbo. E foi o que aconteceu", nota Helena.

Também nesta conversa, a convidada recordou o último pedido que lhe foi feito por Miguel Portas, na altura com 53 anos.

"O meu filho Miguel já me tinha feito um pedido difícil. As últimas palavras que ele me disse foram: 'mãe, siga cá em baixo como se eu estivesse cá. Não entre pelos dramas, choros, não faça isso. Não é a sua maneira de ser. Tenho muita honra em que a mãe cumpra o que tem marcado como se eu cá estivesse'", relata.

"No dia 1 de maio, fazia uma semana que ele tinha morrido, eu estava na Feira do Livro a assinar os livros em homenagem a ele, para lhe dizer 'cá estou eu'", completou.

Veja aqui o momento.

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