O jornal Le Figaro descreve-o como o ator "de cara rabugenta e de uma bonomia irresistível, uma das figuras incontornáveis do cinema francês", enquanto o Le Monde sublinha "os papéis de anti-heróis desiludidos, mas profundamente humanos".

Jean-Pierre Bacri, que nasceu em 1951 em Castiglione, atualmente território da Argélia, trabalhou no cinema com realizadores como Alain Resnais, Claude Berri, Cédric Klapisch e, em particular, Agnès Jaoui, com quem viveu mais de duas décadas.

Nos palcos, foi premiado pela interpretação na peça "Cuisine et dépendances" (1992) e "Les femmes savantes" 2017), enquanto no cinema escreveu, por exemplo, o argumento de "Fumar/Não fumar" (1993) e coassinou a história de "É sempre a mesma cantiga" (1997), ambos para Alain Resnais.

Mas foi ao lado de Agnès Jaoui que Jean-Pierre Bacri mais trabalhou e se distinguiu, nomeadamente em "Na praça pública" (2018), "E viveram felizes para sempre?..." (2013), "Deixa chover" (2008) e o premiado "O gosto dos outros" (1999).