Durante a entrevista, Inês Castel-Branco partilhou com a apresentadora vários momentos da sua vida, entre eles a fase difícil da gestação, revelando que “demorou algum tempo para conseguir ter o Simão”.

O desejo de ser mãe desde sempre esteve muito presente. “Foi a única coisa que me lembro de querer desde pequenina. Talvez por causa da mãe que tinha, não sei. As minha brincadeiras era sempre com nenucos, mudar-lhes a fralda, biberões… era sempre à volta de bebés. Fui babysitter de todos os bebés da minha família e de todos os filhos de amigos dos meus pais… sempre tive jeito com bebés e queria ter seis bebés. Tenho um que é espetacular”, disse.

Não foi fácil ser mãe, eu demorei algum tempo para conseguir ter o Simão. Desde o momento em que decidi que ia tentar ser mãe até ao Simão nascer passaram muitos anos e tive duas gravidezes que não correram muito bem. Depois descobri que tinha um problema congénito e fui operada e depois veio o Simão, finalmente”, confessou.

Um assunto que nunca falou publicamente e também não quer “expor o Filipe”, o ex-companheiro e pai do filho. “Também passou por isto, não passei por isto sozinha”, afirmou.

Inês contou com uma fase complicada, tendo-se sentido a certa altura culpada por não conseguir ter um filho. “Há uma dose de culpa muito grande porque achas que foste tu, que foi por causa do desporto que fizeste, o cigarro que fumaste, o copo de vinho que bebeste… É duro passar por isto”, partilhou.

Esteve com Filipe durante nove anos e sobre o fim da relação, Inês disse: “Teve a ver com muitas coisas, mas é óbvio que isso marca [as dificuldades em engravidar]. E depois, quando finalmente consegues ter um filho, o que isso nos afasta, a atenção… De repente tenho ali o que sempre sonhei e ele [Filipe] passa um bocadinho para outro sítio”.

Inês desabafa que “passou a gravidez em pânico total”. “Odiei estar grávida”, admite. “Nos primeiros três meses achei sempre que o ia perder, depois os outros a seguir o único sentimento que tive foi uma fome desgraçada. Não estava muito feliz, achei que ia ser mais feliz a minha gravidez. Comi muito e engordei muito, 33 quilos. Quanto mais engordava mais infeliz ficava…. Mas no segundo em que ele nasceu tudo mudo. Já nada é triste, estás gorda, não faz mal”, continua, recordando que passado um ano já estava novamente em boa forma e pronta para trabalhar.

Sobre o pequeno Simão, a mãe ‘babada’ garante: “Saiu-me um grande cromo, mas ele é espetacular”. “É uma criança que nunca fez uma birra, nunca fez uma asneira muito grande… Está com nove anos. Nunca fez uma coisa perigosa. Não é o melhor aluno, mas também não tem de ser. É um aluno que se esforça. É um filho super carinhoso que viveu desde muito cedo em duas casas e consegue lidar com isso muito bem. E depois tem uma característica maravilhosa”, revela, contando que o menino adora conversar com adultos.

Um dos momentos surpresa durante o programa ‘Júlia’ foi quando a atriz recebeu um vídeo do filho, mas sem mostrar o rosto do menino. “Por um lado quero protegê-lo e não quero mostrar a cara dele porque acho que ele é que tem de tomar a decisão de um dia ser conhecido ou não, não é porque a mãe é atriz que ele tem de ser exposto. Ele pode tomar essa decisão e eu vou apoiá-lo, mas tem de ser ele a tomar e numa idade certa. Por outro lado tenho um orgulho tão grande, ele é tão bonito por dentro e por fora que apetece-me mostrá-lo ao mundo”, explica.

Inês destaca que muitas pessoas acham que Simão também vai seguir a carreira de ator. Sobre o futuro do menino, a mãe realçou: “Quero que ele seja feliz e que ele trabalhe, não quero miúdos a viver às minhas custas. Quero que ele saia cedo de casa, trabalhe e seja independente, tal como eu fui - e acho que me deu algumas ferramentas. Tenho a noção que se não me acontecer nada de saúde eu não vou precisar de ninguém e consigo safar-me. Claro que vai-me ter sempre a mim enquanto puder ajudá-lo”.

A atriz não esconde o desejo de querer ter mais filhos, mas reconheceu que “quanto mais o tempo passa, mais distante fica”. “Adorava dar-lhe um irmão ou uma irmã. Acho que viver sem irmãos é uma seca. É o meu grande desgosto em relação a ele, não lhe ter dado um irmão. Mas com o pai também pode dar, ainda pode ter irmãos”, acrescentou.

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