Parado profissionalmente há cerca de dois anos, Yannick Djaló confessa que “tem sido terrível, bastante complicado” o facto de não conseguir fazer aquilo que mais gosta: jogar futebol. Uma fase que está a ser vivida com o apoio e a ajuda do filho mais velho, Chrystyan, e da namorada, Daisy Gonçalves.

Tem recebido muitos convites para outros projetos, mas ainda “acredita que tem tempo para jogar mais uns aninhos”.

O filho mais velho tem mostrado vontade de seguir os passos do pai e tem já um grande amor pelo futebol. No entanto, a escola não fica em segundo lugar e Yannick faz questão de incentivar o menino a aplicar-se nos estudos. “Quando não tem boas notas não vai ao treino”, revela.

Pai e filho têm uma boa relação, e o mesmo acontece com a mãe do menino. “Ela é a minha melhor amiga”, afirmou ao falar da ‘ex’.

No entanto, o mesmo não acontece com as filhas, Lyonce e Lyannii, e a mãe das mesmas, Luciana Abreu. Neste momento, conta, já não está com as meninas há cerca de um ano.

O jogador continua a ter reuniões com as psicólogas que estão a acompanhar o processo, visitas que nestes últimos tempos têm sido feitas de forma virtual. “Temos reuniões de 15 em 15 dias no Zoom com as psicólogas, eu neste caso, creio que a mãe também tem à posteriori”, explicou.

Eu e a Luciana temos trocado mails. As coisas parecem caminhar para bom porto”, acrescentou.

Questionado pelo apresentador Manuel Luís Goucha sobre se vai conseguir recuperar o tempo perdido na relação com as filhas, o jogador admitiu que vai ser "difícil tendo em conta que é uma idade crucial para o desenvolvimento delas".

"Será difícil recuperar esse tempo perdido que são cerca de quatro anos. Elas começam a ter noção de tudo o que se passa à volta e não têm o pai. As colegas falam do pai, elas [as meninas] não falam do pai e têm, se calhar, uma mágoa que lhes foi incutida”.

Yannick acredita que as meninas “têm uma ideia errada do pai”. “Na visita com as psicólogas, elas choravam sem terem motivos para chorar, o pai nunca as tratou mal, nunca lhes bateu. Elas podem sentir-se magoadas por o pai não estar tão presente”, diz ainda, referindo que não lhe é dada a oportunidade e abertura para poder falar abertamente com as meninas.

O seu maior desejo é ficar bem com a Luciana, para que consigam chegar a um acordo e poder estar mais presente na vida das filhas.

“No natal de há dois anos, a filha da minha namorada veio passar connosco e senti mais a falta das meninas, porque tinha esse lado feminino da Zoe [filha de Daisy] que me fazia lembrar as minhas filhas. Tinha muitas brincadeiras com ela que tinha com as minhas filhas quando elas eram mais novas. Esse momento marcou-me bastante”, confessou.

Yannick lembrou ainda o dia em que, depois do filho lhe pedir para ver as irmãs, decidiu ir com o menino à escola de Lyonce e Lyannii. Ambos viram as meninas à distância e não falaram. “Elas passaram por nós, olharam, mas não falaram. Entraram no carro com a mãe e seguiram”, recordou, alegando que as filhas terão recebido alguma instrução para terem tal atitude.

“Quando o carro arrancou, elas disseram adeus”, contou ainda, realçando que “aquele adeus é que conta e ficou na memória”.

Goucha perguntou-lhe se já tinha perdoado Luciana, e o futebolista respondeu: “Nunca tive problemas com a Luciana. Só lhe desejo o melhor para ela. Não tenho maldade”.

Ainda assim, não deixa de reconhecer: “Na minha opinião, ela foi maldosa nas coisas que disse, na intenção que teve, mas não me atingiu em nada”.

A perda da mãe e da irmã

Yannick recordou também a morte da mãe, em 2016. “Foi muito difícil, complicado. Os meus irmãos acabaram por ficar órfãos, o pai deles já tinha falecido. Foi uma responsabilidade acrescida para mim”, disse. “A minha mãe era tudo para mim, sempre fez tudo por mim, nunca me deixou desamparado”, afirmou.

Em 2018, o jogador perdeu também a irmã, Açucena, que morreu aos 17 anos. “É uma perda muito grande. Até hoje, acho que nós não conseguimos lidar bem com a situação. O meu irmão isola-se muito”, contou.

As melhores memórias que guarda da irmã foi o dia em que comprou uma casa para a família. “O brilho nos olhos dela ao entrar na casa, ver que tinha piscina”, lembrou.

Uma habitação que foi oferecida quando assinou contrato com o Sporting. Na altura, conta, a mãe estava na Irlanda a trabalhar para sustentar os filhos.

“A minha estava a trabalhar, a lutar pela vida. A primeira coisa que fiz foi mandá-los vir para cá e oferecer-lhes uma casa, no dia de Natal. Foi maravilhoso, a melhor coisa que fiz na vida”, disse.

O namoro com Daisy Gonçalves

Yannick contou também como é que conheceu a companheira, Daisy Gonçalves, explicando que a viu pela primeira vez num videoclipe. Depois foi procurar a mesma nas redes sociais e seguiu-a durante semanas. Entretanto, mandou-lhe uma mensagem e, aos poucos, começaram a falar.

Mais tarde, a namorada veio de Moçambique para Portugal para conhecer o jogador de futebol. “Quando chegou, combinamos que não nos íamos beijar. Fui buscá-la ao aeroporto, demos um abraço normal, não nos beijamos”, lembrou.

Durante o programa, Daisy surpreendeu o seu amor e também marcou presença no ‘Goucha’, da TVI.

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