Cristina Ferreira esteve à conversa com Pedro Pinto no 'Dia de Cristina', esta quarta-feira, 25 de novembro. Uma entrevista que destacou a saída do pivô, que vai agora abraçar novos projetos no Sport Lisboa e Benfica.

Inicialmente, Cristina confessou que foi apanhada de surpresa com a notícia e o jornalista admitiu que esta é uma decisão que é sempre "difícil".

"Ao longo dos últimos dias, tenho recebido centenas de mensagens - não estou a exagerar - e dezenas de chamadas. Não atendi nenhuma porque achei que tinha mesmo de fazer uma pausa", começou por contar.

"Sobretudo, começar a transformar a minha mente num outro projeto, numa outra ideia e deixar arrumado e resolvido um período que foi muito intenso e muito feliz na minha vida", acrescentou, frisando que a estação "fez de si o homem que é hoje". Muito grato ao canal, destacou ainda: "A TVI foi, é e será sempre a minha casa. O Benfica é uma coisa diferente, faz parte de mim".

"Fui sempre transparente a esse propósito e também paguei por isso. Nunca escondi essa paixão que acho que é uma paixão normal. Dentro do futebol podemos ter paixões e continuar a ser profissionais e ser justos, ter bom senso quando falamos das coisas", disse ainda, falando do clube do seu coração.

De seguida, Cristina perguntou se esta decisão foi "solitária" e se tinha falado com a família. Nesse momento, a apresentadora recordou também a sua grande mudança, revelando que João Patrício e André Manso estiveram sempre dentro do processo e que comunicavam os três. "Tomo decisões muito rápido e depois comunico imediatamente", explicou, referindo que quando falou com a família foi para comunicar a decisão.

No entanto, no caso de Pedro Pinto a história não foi a mesma. O pivô falou com a família antes de tomar esta decisão. "Para todos os efeitos, estava confortável onde estava. A questão é que chegas a momentos em que os estagnas ou te desafias", realçou, salientando que, aos 49 anos, achou que estagnar não era "o mais interessante para o futuro".

"O que me fez mudar não foi nada de errado na TVI, não estava contra ninguém, não fui maltratado, tenho as melhores referências da TVI. O que me fez mudar foi um projeto de mudança, de transformação da comunicação do Benfica, capaz de precificar um modo paradigma na forma como se comunica com os adeptos e com os sócios, e também ter uma influência positiva no futebol português. Foi isso que me motivou", explicou.

Sobre a apresentação do último jornal, no passado domingo, Pedro Pinto começou por dizer que esse foi "um momento complexo". "Disse a mim próprio que era o último dia que entrava na TVI e estava na redação", lembrou. "As memórias têm de ser bem arrumadas para nós conseguirmos viver outras vivências", acrescentou, referindo que esteve o dia todo com o "sentimento de nostalgia".

Naquele que foi o seu último 'Jornal das 8', o filho mais velho fez questão de acompanhar o pai. "Isso mudou muita coisa porque quando estás com o teu filho tens que ter uma atitude diferente", disse.

"As lágrimas estavam sempre a chegar aos olhos por essa nostalgia, e esse sentimento de que era uma parte da vida que ficava arrumada", recordou, afirmando também que a presença do filho tornou "o momento da despedida mais suportável".

Pedro Pinto lembrou que quando estava à conversa com Paulo Portas, no domingo, nessa altura já estava "distante daquilo que era a mecânica do próprio discurso dele porque sentia aquele fim a aproximar". "Mas a vida é mesmo assim".

Durante a presença no programa de Cristina Ferreira, Pedro Pinto foi ainda presenteado com uma mensagem do filho mais novo e da mulher, Cristina Mourão. Após as palavras da companheira, o jornalista declarou: "A cada ano que passa, amo mais a minha mulher do que no ano anterior".

Antes de terminar, Cristina Ferreira desejou "muito boa sorte" ao colega, referindo que este a acompanhou ao longo dos anos e que a recebeu de braços abertos quando regressou à TVI.

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