De regresso aos palcos, Florbela Queiroz recordou a sua passagem pelo teatro, cinema, música e televisão durante os 63 anos de carreira.

A atriz esteve no ‘Casa Feliz’, da SIC, na manhã desta segunda-feira, 20 de setembro, tendo falado também das pausas que fez no mundo do espetáculo, como nestes últimos meses em que se viu obrigada a deixar de trabalhar por causa da pandemia.

Agora, ‘Virados do Avesso’ é a revista à portuguesa que conta com a atriz, de 78 anos, no elenco, marcando assim o seu regresso aos palcos.

“Eu se não estiver nas tábuas ou nas luzes, prefiro partir. É a única coisa que me faz sair da cama [o trabalho], se não, não saio, não tenho razão. Estou sozinha, não tenho família, não tenho ninguém. Portanto, só me apetece trabalhar. E depois eu decoro, tenho agilidade, cumpro com os horários, faço tudo como os outros que têm metade da minha idade. Eu quero trabalhar”, afirmou.

Não percebo como é que se diz a um ator: ‘vai-te reformar’. Um ator não se reforma. Um ator morre no palco", frisou.

"A televisão não me chama porque não precisa de mim. Não tenho nada contra as televisões. Muita gente escreve coisas que eu não digo. Faço publicações a gozar e as pessoas não são inteligentes e não percebem que é um gozo, e levam a sério… […] Eu quero mesmo é trabalhar. Agora percebo que se não há trabalho, se não me chamam, é porque não estou a fazer falta, estão outros pessoas a trabalhar”, salientou.

“O público tem saudades de muitas pessoas que estão em casa. É pena dizer, mas têm saudades. Muitas pessoas não sabem que eu continuo a trabalhar porque não me vêem na caixinha. E para as pessoas, quem não está na caixinha está desempregado”, destacou ainda.

Leia Também: CR7. Pedido de Cláudio e Maria após camisola roubada de Florbela Queiroz