É o tema que tem marcado a ordem dos últimos dias. Desde que o ano começou, 12 mulheres já morreram na sequência de episódios de violência doméstica. “Uma pessoa, quase para não ser afetada e contagiada pela tristeza, tenta olhar para outro lado, tenta pensar noutra coisa, apesar de doer sempre”, comentou Luísa Barbosa com o Fama ao Minuto.

À margem da apresentação da primeira Wonder Photo Shop da Fujifilm, em Lisboa, na Worten do Centro Comercial Colombo, a apresentadora lembra que “podíamos ser nós”, e realça que “dói particularmente porque crianças também têm sido envolvidas”, em alusão ao caso recente do homicídio de uma criança que também perdeu a vida num contexto de violência doméstica. Uma vez que a situação já “é muito mais complexa” e que “não é só a vítima que tem de pedir ajuda", Luísa Barbosa aponta uma possível resolução – ou pelo menos ajuda – para minimizar a dimensão do problema.

“Acho que tem que se criar uma cultura em que os agressores também possam pedir apoio, ajuda, porque acho que uma pessoa que faz o que muitas vezes os agressores fazem – matar e depois entregar-se às autoridades, matar e depois acabar por se matar também – isto são pessoas que precisam de ajuda, que não estão bem psicologicamente, emocionalmente. Não sei se existe alguma linha de apoio neste caso”, sugeriu Luísa Barbosa.

Afirmando que “é o nosso papel na sociedade de evitar que isto aconteça, a começar na forma como educamos as nossas crianças”, a figura pública não deixa de referir que “há um papel das autoridades que andam a falhar, o governo também poderá andar a falhar”, frisando: "mas não é só na proteção da vítima, é evitar que haja sequer agressores”.

Durante a conversa, a locutora abordou também o tema da maternidade. Mãe da pequena Aura desde julho do ano passado, a apresentadora confessou que já chegou a uma fase de “mais comunicação, coisa que no início é tudo muito básico”. Sobre as dificuldades que surgiram com a chegada da filha, apontou as horas de sono perdidas em cada noite, mas também a parte da amamentação. Contudo, diz, “tive algumas dificuldades na amamentação no início, mas ainda bem que mantive porque é das coisas que mais gosto de fazer agora. É mesmo um momento entre nós as duas”.

Sobre parecenças com o pai ou a mãe, a resposta é que não há um ‘vencedor’. “Para o resto do mundo é 50/50. Meia da cara para cima sou eu, tem olhos claros, e da cara para baixo é mais o pai porque tem a boca do pai”, descreve.

Quanto ao futuro, e se Aura terá ou não uma irmã, Luísa Barbosa diz apenas que “vai ter que se esquecer da privação de sono para decidir ter outro filho”. “Vai ter que haver aqui um fenómeno qualquer de amnésia para eu decidir ter outro filho. Neste momento é assim que nós estamos. Ela é tão feliz como filha única. [risos]. Não se importa nada. Tem os mimos todos e tem muita gente à volta dela, inclusive mais meninos pequeninos para ter companhia… Para já estamos bem assim”, acrescentou.