Zé Manel, vocalista dos Fingertips, está a ser alvo de "perseguição e assédio" por parte de uma mulher há cerca de três anos. O músico, de 33 anos, resolveu agora denunciar o caso publicamente através das redes sociais.

"A minha vida dava um filme? Às vezes, sim! Conheci esta criatura no primeiro workshop de técnica vocal que dei na Act - Escola de Atores. Depois de terminar, quis continuar com aulas particulares, algo que rapidamente percebi não ser viável, visível que era a sua clara perturbação mental. O discurso desconexo, choros injustificados e cestos com garrafas de Champagne e morangos que trazia para as aulas foram sinais suficientes para que me recusasse a dá-las", conta, explicando que se viu obrigado a pedir à escola para que "não aceitasse a sua inscrição para qualquer formação" sua e a "divulgar os mails indecorosos" que recebia constantemente.

"Nunca da minha parte houve qualquer tipo de trato diferente daquele que dou a qualquer aluno ou formando, tendo eu uma relação simpática, de proximidade, mas profissional com todos eles, sem exceção. Dos 5 aos 58 anos", nota.

Zé Manel bloqueou a pessoa em questão, uma mulher com mais de 40 anos, nas redes sociais e plataformas digitais, ainda assim esta "não se coíbe" de lhe "encher a caixa de SPAM de mensagens absolutamente dissociadas da realidade, tendo enviado para a sua morada de casa diversas prendas" aquando do seu aniversário - presentes que o músico enviou sempre para trás.

"Assiste a concertos meus à socapa e envia-me os vídeos numa clara perseguição, imposição da sua presença e assédio. Como se não bastasse, esteve hoje cerca de duas horas a tocar incessantemente à minha porta de casa, tendo importunado os meus vizinhos, e fazendo-se acompanhar por um cesto com uma garrafa de alguma coisa como se nada fosse", relata.

"Estou adoentado há dois dias e, como tal, vim para casa da família, tendo sido a pessoa que vive comigo a espantá-la da porta de casa e a contar-me o sucedido. Esta senhora, que já ultrapassou os 40 anos, desde me enviar vídeos praticamente nua quando estava a reunir material para o vídeo do Pessoas Reais, a importunar-me na minha moradia, já ultrapassou todos os limites", diz, garantindo nada ter feito para que a situação espoletasse.

"É desesperante imaginar que já alguns perderam a cabeça por serem vítimas deste tipo de perseguição e ainda se meteram em situações complicadas por reagirem a algo que nada fizeram para que lhes sucedesse. Cruzaram-se tão só e simplesmente com a pessoa errada. Se fosse um homem a fazer isto a uma mulher caía o Carmo e a Trindade. Mas e sendo ao contrário? Provavelmente se chamasse a polícia ainda ficava no papel de arrogante e limpavam as lágrimas à menina. Obviamente que se estivesse em casa e lhe abrisse a porta, a minha vontade seria mandá-la escada abaixo, tal a falta de noção, insistência e abuso destes contactos indesejados por parte de alguém a quem tive o simples azar de dar aulas numa formação", completou, desesperado mas, ainda assim, esperançoso de que a situação tenha fim em breve.

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