A greve foi convocada pela Associação de Estudantes da Escola Secundária de São Lourenço (AE-ESSL), estando também agendada para esse dia, às 10:10, uma concentração junto à porta daquele estabelecimento de ensino.

A escola apresenta “condições bastante más” e “os alunos têm frio, há chuva constantemente a cair nos corredores e nas salas de aula”, disse hoje à agência Lusa o presidente da AE-ESSL, João Vicente Portalete.

“Há zonas, nomeadamente corredores, onde já teve de ser arrancado o teto de pladur e as raparigas têm de tomar banho com água fria nos balneários”, acrescentou.

O dirigente estudantil, que argumentou que as condições do edifício têm vindo a degradar-se “há já alguns anos”, alertou ainda que existem salas de aula “inutilizáveis” porque a “água entra pelo teto e deixa-os pretos”.

Segundo João Vicente Portalete, cabe à parque Escolar e ao Governo resolver este problema e a direção da escola está “solidária” com os alunos.

“Estamos a falar de problemas de manutenção. A escola foi requalificada em 2008 e 2009, mas apresenta grandes níveis de degradação”, frisou.

O presidente da associação de estudantes alegou que houve “incumprimento do contrato” estabelecido entre a Parque Escolar e o Estado, bem como “ausência de resposta às reclamações e pedidos de intervenção” da direção daquela escola.

Além da greve geral, os alunos lançaram ainda uma petição pública, dirigida à Assembleia da República e ao Ministério da Educação, para evidenciar a necessidade e urgência da realização de obras na Escola Secundária de São Lourenço.

Fonte da direção desta escola de Portalegre indicou hoje à Lusa que têm sido efetuados contactos com a Parque Escolar no sentido da resolução dos problemas.

A mesma fonte indicou que, já esta semana, ocorreu uma reunião com várias entidades, existindo, nesta altura, por parte da Parque Escolar, um “comprometimento” para uma “resolução célere” do problema.