Os casais britânicos estão a fazer menos sexo. De acordo com um novo estudo, levado a cabo por um grupo de investigadores da London School of Hygiene and Tropical Medicine, estabelecimento de ensino inglês, nas últimas décadas a frequência das relações sexuais diminuiu. Ainda assim, paradoxalmente, segundo a nova investigação, o número de pessoas que gostaria de ter uma vida sexual mais intensa aumentou.

Depois de analisar as respostas ao inquérito que fizeram, os especialistas apuraram que os solteiros com mais de 25 anos também estão a fazer menos sexo, apesar de mais de 66% dos inquiridos assumir que gostaria de copular mais vezes. No grupo abaixo dos 25 anos, a tendência diverge. Em 1991, o número dos que não registavam qualquer atividade sexual penetrativa há mais de um mês, pelo menos, rondava os 50,3%.

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Em 2012, um dos anos analisados pelos investigadores da London School of Hygiene and Tropical Medicine, a percentagem tinha descido para os 43,4%. Os cientistas chegaram a estas percentagens depois de comparar as respostas de mais de 34.000 pessoas, com idades entre os 16 e os 44 anos, ao inquérito que promoveram com as dadas no inquérito National Survey of Sexual Attitudes and Lifestyles em 1991, 2001 e 2012. "São vários os fatores que explicam este declínio mas um deles prende-se com o ritmo da vida moderna", avança Kaye Wellings.

Segundo a professora de saúde sexual e reprodutiva daquele estabelecimento de ensino, autora do estudo, "é curioso ver que os mais afetados [por este decréscimo] estão na meia-idade [entre os 40 e os 55 anos], um grupo de homens e mulheres que, tendo iniciado uma vida familiar mais tarde do que as gerações anteriores, se veem obrigados a fazer malabarismos para conciliar o trabalho com as responsabilidades parentais", diz.