“Entre março e o final de junho foram submetidas e devidamente processadas 141 novas candidaturas” a bolsas, disse o Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, durante a audição parlamentar que está a decorrer na comissão de Educação e Ciência.

Segundo contas do ministro, estas 141 bolsas representam um aumento de 0,1% do total das candidaturas recebidas durante todo o ano letivo.

Outros 54 alunos do ensino superior recorreram aos auxílios de emergência, ou seja, apoios financeiros que são atribuídos de forma excecional e pontual para responder a necessidades económicas graves.

Este apoio pode ser dado a bolseiros, no sentido de reapreciar o valor atribuído, mas também a alunos que não estavam abrangidos por esta ajuda, mas, devido a problemas financeiros, podem recorrer a qualquer momento.

“Parece-me que as bolsas de que falou são uma ínfima parte e que vai ser necessário muito mais”, alertou a deputada Bebiana Cunha, do PAN, durante a audição parlamentar.

A pandemia de covid-19 obrigou a uma paragem da atividade económica desencadeando uma crise financeira sem precedentes. O aumento do desemprego e a redução do rendimento de milhares de famílias são já duas das consequências conhecidas e os estudantes do ensino superior não ficaram de fora desta crise.

As instituições de ensino superior tiveram este ano cerca de 71 mil bolseiros e o ministro lembrou alguns dos mecanismos que têm sido criados pelo Governo para reduzir a incerteza de capacidade financeira entre as famílias mais carenciadas.

Os alunos carenciados que terminam o secundário mantêm o direito à bolsa quando chegam ao ensino superior, assim como os estudantes do ensino superior quando mudam de ciclo de estudos.

De acordo com o boletim epidemiológico diário, o total de óbitos por covid-19 desde o início da pandemia é de 1.631 e o total de casos confirmados é de 44.859.