Em comunicado, a estrutura sindical sublinha que além do calendário do regresso às escolas, o Governo deve preocupar-se sobretudo em assegurar as condições de segurança contra a covid-19 e para a Fenprof as medidas implementadas no início do ano letivo já não chegam.

“Mais do que imprudente, seria irresponsável que, após a reabertura, se mantivesse a insuficiência de medidas verificada entre setembro e dezembro (principalmente, falta de distanciamento nas salas e escassez de assistentes operacionais), período em que a norma foi a não realização de testes, mesmo aos contactos próximos de pessoas infetadas”, afirma a federação sindical.

Os representantes dos professores querem novas medidas e exigem a abertura de um processo negocial para as discutir, como prevê a Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas, e defendem o reforço das condições de segurança sanitária e a aprovação de um protocolo de atuação para quando sejam detetados casos de covid-19 nas escolas.

A Fenprof quer também a realização de rastreios e testes de diagnóstico, incluindo em contactos de baixo risco, e a vacinação dos professores ainda antes da retoma das atividades presenciais, priorizando os que estão atualmente em trabalho presencial.

No mesmo comunicado, a estrutura sindical sublinha que apesar de considerar urgente o regresso às escolas, a decisão nesse sentido deve depender da opinião dos especialistas.

“O pior que podia acontecer era as escolas voltarem, mais a frente, a encerrar”, alertam, acrescentando, por outro lado, que os governantes “teimam em afirmar que as escolas não foram espaços de contágio”.

Os estabelecimentos de ensino estão encerrados desde o final de janeiro, quando o Governo anunciou a suspensão das atividades letivas durante duas semanas, que seriam compensadas no Carnaval, Páscoa e numa semana extra do final do ano letivo.

Entretanto, as aulas foram retomadas em 08 de fevereiro, mas em regime de ensino à distância, não havendo ainda data definida para o regresso às escolas.