A propósito do Universal dos Direitos da Criança, Tiago Brandão Rodrigues disse que brincar e socializar, “para além de sobreviver, é essencial para as crianças poderem verdadeiramente viver”, e isso ficou comprometido com o encerramento das escolas, pese embora o “esforço dos educadores e pais”.

Durante a conferência realizada pela Comissão Nacional para os Direitos Humanos (CNDH), subordinada ao tema “Os Direitos da Criança” e no âmbito das “Conversas em Tempo de Pandemia, o governante reconheceu que “a obrigatoriedade de confinamento teve um impacto no desenvolvimento real das aprendizagens”.

Procurando explorar o lúdico através do digital, o Ministério da Educação contou com o apoio da rádio e televisão públicas, nomeadamente através do Zig Zag na RTP2 e do “Estudo em Casa” na RTP Memória, mas também pelos conteúdos da RTP Play.

Estes mecanismos permitiram que os mais jovens participassem ativamente no seu percurso e ganhassem autonomia, mas o ministro, por reconhecer “as limitações e a dependência do digital”, considerou urgente o retorno ao ensino presencial em articulação com as autoridades de saúde.

“A educação é um bastião e tem de ser necessariamente para todos, sem deixar ninguém para trás”, concluiu.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.360.914 mortos resultantes de mais de 56,8 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 3.762 pessoas dos 249.498 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.