A pesquisa do Pew Research Center descobriu que 59% dos adolescentes americanos relataram ter sofrido bullying ou assédio na Internet, e 63% disseram que este era um grande problema para as pessoas da sua idade.

O tipo mais comum de assédio foi o insulto, citado por 42%, enquanto 32% disseram que alguém tinha espalhado rumores falsos sobre si na Internet e 16% disseram ter sido alvo de ameaças físicas online.

Entre os adolescentes participantes, um em cada quatro disse que já recebeu imagens explícitas indesejadas, que já foram questionados por outras pessoas que não eram os pais sobre a sua localização ou que imagens explícitas suas foram partilhadas sem o seu consentimento.

"O insulto e a propagação de rumores são há muito tempo um aspecto desagradável e desafiador da vida adolescente. Mas a proliferação dos smartphones e a ascensão das redes sociais transformaram onde, quando e como o bullying acontece", disse Monica Anderson, a investigadora principal do relatório do Pew.

De acordo com o Pew, um número semelhante de meninos e meninas foram assediados online, mas as raparigas são mais propensas a ser alvo de rumores ou a receber mensagens explícitas não consensuais.

Adolescentes de famílias com rendimentos mais baixos são mais propensos a enfrentar certas formas de bullying online do que quem é proveniente de famílias mais abastadas, disse o Pew.

A maioria das jovens vítimas de assédio acha que os professores, as empresas de redes sociais e os políticos estão a fazer um mau trabalho ao abordar apenas o problema do cyberbullying - uma questão que chamou a atenção da primeira-dama americana, Melania Trump, e do príncipe William.

Os adolescentes acreditam que os pais estão sair-se melhor neste campo: 59% dizem que os progenitores estão a fazer um bom ou excelente trabalho ao lidar com o assédio online.

Um dos fatores que alimenta o assédio online é que muitos adolescentes estão conectados à Internet através dos seus telefones ou de outros dispositivos com muita frequência.

O relatório mostrou que dois terços dos adolescentes que afirmam estar online grande parte do tempo foram vítimas de ciberbullying, em comparação com 53% daqueles que usam a Internet várias vezes por dia ou menos.

Os investigadores entrevistaram 743 adolescentes entre 13 e 17 anos e 1.058 pais entre 7 de março e 10 de abril. A margem de erro estimada é de cinco pontos percentuais para o grupo adolescente e de 4,5 pontos para os pais.