Em declarações à agência Lusa, José Carlos Alexandrino reconheceu que a intervenção, que custa cerca de um milhão de euros, “tem sofrido atrasos” face ao calendário estabelecido, que visava acautelar o normal funcionamento das turmas afetadas em cada parcela do complexo educativo.

O município de Oliveira do Hospital, no distrito de Coimbra, é o dono da obra, que começou em 23 de dezembro de 2018, após alguns anos de contestação dos alunos, professores, pais e encarregados de educação.

A intervenção visa sobretudo a substituição das placas da cobertura do edifício escolar, cujo amianto pode causar doenças cancerígenas.

“A obra atrasou-se, o que obriga agora a uma nova planificação”, afirmou José Carlos Alexandrino, indicando que a empresa construtora passa atualmente por “algumas dificuldades” e recorreu a um Processo Especial de Revitalização (PER).

Para que a redistribuição das turmas decorra sem sobressaltos, acompanhando o desenvolvimento dos trabalhos, o empreiteiro, a autarquia e o Agrupamento de Escolas de Oliveira do Hospital vão ter de negociar uma nova calendarização, acrescentou.

Uma segunda empresa “atrasou-se na entrega de materiais” para a cobertura, “o que complicou os prazos” relativamente ao Pavilhão H, o primeiro a ser intervencionado.

Globalmente, no entanto, a empreitada decorre “dentro do prazo previsto”, disse o presidente da Câmara, eleito pelo PS na condição de independente, negando que a obra tenha sido suspensa.

“Os 'timings' tinham de ser rigorosamente cumpridos” pela empresa, que já se comprometeu a concluir o Pavilhão H no dia 28, adiantou.

O diretor do Agrupamento de Escolas, Carlos Carvalheira, por seu turno, salientou que “estava previsto que a obra neste pavilhão demoraria menos tempo”.

No dia 23 de dezembro, a construtora “começou a retirar as placas de fibrocimento” e em janeiro foram colocadas as janelas.

“Mas nunca mais houve nada”, lamentou Carlos Carvalheira.