"Hoje vemos uma forma de egoísmo. Vemos que alguns não querem ter filhos. Às vezes têm um (...) mas têm cães e gatos que ocupam esse lugar", afirmou o sumo pontífice nas sua primeira audiência geral do ano, na sala Paulo VI.

Francisco também pediu às instituições que facilitem os processos de adoção, de modo que se tornem realidade o sonho das crianças que precisam de uma família e o dos casais que desejam acolhê-las.

"A negação da paternidade e da maternidade diminui-nos, tira a nossa humanidade, a civilização envelhece", disse.

O papa voltou a criticar o chamado "inverno demográfico" e a "dramática queda na taxa de natalidade" registada em muitos países ocidentais, convidando as pessoas a terem filhos, ou a adotá-los.

"Ter um filho é sempre um risco, seja natural, ou adotado. Mas mais arriscado é não ter. Mais arriscado é negar a paternidade, negar a maternidade, seja ela real, ou espiritual", insistiu Francisco.

Como de costume, ao final da audiência, o papa assistiu a vários números preparados por um circo com palhaços, malabaristas, dançarinos e músicos, em ambiente de festa.