Segundo Nuno Coelho, do Sindicato da Hotelaria do Norte, os trabalhadores sentem-se “sobrecarregados”, fruto de “ritmos de trabalho intensos, que põem em causa a segurança e saúde dos trabalhadores e a qualidade e segurança alimentar”.

“Neste momento, trabalham nesta cantina quatro pessoas, seria preciso pelo menos mais uma”, acrescentou.

O sindicato reclama ainda o aumento da carga horária de alguns dos trabalhadores que estarão a cumprir apenas duas horas por dia.

O serviço da cantina está confiado a uma empresa privada - Uniself -, que o sindicato acusa de não cumprir o caderno de encargos contratualizado com a Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares.

“A empresa não cumpre o quadro mínimo de densidades, as cargas horárias e categorias profissionais previstas no Caderno de Encargos. O Ministério da Educação não fiscaliza o cumprimento do Caderno de Encargos. E andamos nisto”, disse ainda Nuno Coelho.

O dirigente sindical diz que o problema se estende à generalidade das escolas básicas e secundárias do país, já que as respetivas cantinas estão a cargo da mesma empresa.

Por isso, o sindicato tem vindo emitir pré-avisos de greve cantina a cantina, “para exigir melhores condições de vida e de trabalho”.

A Lusa contactou a empresa Uniself, mas ainda não foi possível ouvir a administração.