Antes de considerar qualquer tipo de procedimento cirúrgico é importante refletir sobre os prós e os contras inerentes a uma intervenção cirúrgica para aumento mamário. Decidir não é fácil, sobretudo depois de toda a informação confusa e desorganizada que facilmente se obtém com uma pesquisa rápida.

As questões mais frequentes são invariavelmente as mesmas e os mitos e tabus em instalados persistem sem serem corretamente esclarecidos.

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A cirurgia mamária continua a ser o procedimento de índole estética mais realizado em todo o mundo. Quando realizada por profissionais certificados é um procedimento seguro e associado a pouquíssimas complicações. A melhoria da autoestima e autoconfiança é geral entre as mulheres, mas as dúvidas persistem.

Vou ficar com um “ar” artificial?

Não! Quando realizada por profissionais qualificados e experientes, esta é uma cirurgia associada a um elevadíssimo índice de satisfação.

Os implantes são selecionados em função das características da paciente e das suas expectativas em relação ao resultado. Um toque natural, uma conformação harmoniosa da mama e uma cicatriz imperceptivel são o resultado.

Tenho maior risco de cancro da mama?

Não. Até hoje todos os trabalhos e estudos científicos realizados, não encontraram qualquer associação entre o risco de desenvolver cancro da mama e a utilização de implantes mamários. O risco de desenvolver cancro da mama é igual em mulheres com e sem implantes.

Muitas mulheres que já foram submetidas a cirurgias oncológicas e profiláticas na mama, vêm a sua mama ser reconstruída com esses mesmos implantes.

Como posso fazer o rastreio da mama?

A mamografia, o exame físico e o autoexame da mama continuam a ser as modalidades de escolha para as mulheres que fizeram o aumento mamário. É importante avisar, quando for fazer a mamografia, que tem implantes, pois há particularidades nesse exame que devem ser realizadas quando na presença de um implante. Em caso de duvida, ou para suplementar a informação, a ecografia ou mesmo a ressonância magnética podem ser recomendadas, tal e qual como acontece nas mulheres sem antecedentes de cirurgia mamária.

Fico impedida de amamentar?

Não. Um dos mitos mais comuns associados ao aumento mamário é o de que a mulher que coloca implantes deixa de poder amamentar e corre o risco de transferir agentes químicos prejudicais para o seu bebé.

Não poderia estar mais errado. Até à data de hoje não há evidencia científica que sugira qualquer interferência associada à presença de implantes mamários e a amamentação. Com ou sem eles a mulher poder ser ou não capaz de amamentar. Com os implantes a situação é idêntica.

Vou deixar de poder dormir de “barriga para baixo”?

Não. Passada a fase de recuperação pós-operatória, a posição em que dorme é indiferente. Os implantes passam a fazer “parte” da mama e como tal assumem com ela a posição que for imposta, sem qualquer risco ou prejuízo.

Vou ter que trocar os implantes com regularidade?

Não. É obvio que nenhum material protético tem uma duração eterna, porém não há qualquer obrigatoriedade em trocar os implantes ao fim de determinados anos.

A avaliação clínica, os exames regulares de rastreio da mama ajudam a perceber se tudo está estável. Em caso de dúvida, como por exemplo, quando há suspeita de rutura do implante mamário, a ressonância magnética é esclarecedora. Se houver algum motivo para remover o implante, este processo é cirúrgico e o implante é substituído por outro.

As recomendações são de Ana Silva Guerra, médica especialista em Cirurgia Plástica, Reconstrutiva e Estética.