Apesar de serem frequentemente confundidos um com o outro, o iluminador não é sinónimo de um corretor de olheiras, como fazem questão de alertar muitos maquilhadores, nacionais e internacionais, nos workshops que dão. Aplicá-lo corretamente faz com que o rosto se encha de luz. É uma das tendências da maquilhagem já há algum tempo e marca a diferença entre um look perfeito e um visual mais básico. Corretor e iluminador não são, todavia, a mesma coisa.

Apesar de muitas marcas de cosmética (n)os confundirem com os lançamentos que fazem, juntando os dois termos nas etiquetas das suas embalagens, convém saber que há uma grande diferença. O próprio conceito de um e de outro difere, como é preciso esclarecer. O corretor utiliza-se para uniformizar a tez da pele, para corrigir olheiras e para dissimular determinadas imperfeições, como é o caso das manchas, dos rubores, das marcas de acne e das borbulhas.

Já o iluminador, cada vez mais utilizado pelos maquilhadores e pelas (muitas) mulheres que se maquilham no quotidiano, é um produto que serve para dar um toque de luz ou volume ao rosto, quer seja em toda a sua base ou apenas em zonas bem concretas e definidas. Com efeito, a luz é a carta na manga guardada por este cosmético de última geração. O efeito é conseguido porque inclui na sua fórmula micro-partículas reflectoras de luz que captam os raios luminosos.

Faça-se luz, então!

Existem iluminadores em vários tons, em texturas e em formatos e cada um deles foi pensado para criar um efeito diferente e para aplicar sobre tons de pele distintos. Relativamente à cor, nem todos têm a mesma tonalidade e os mais comuns são os brancos ou tons muito claros, que servem especialmente para preencher as zonas marcadas e para conseguir que passem mais despercebidas. Entre os que pode encontrar com mais facilidade, destacam-se os seguintes tons:

- Malva e rosa

Potenciam o brilho em peles muito morenas ou bronzeadas.

- Verde

Para iluminar espaços com rubor e criar volume. Também obtém muito bons resultados em peles muito rosadas.

- Amarelo ou bronze

Para dar um tom dourado à pele.

- Dourados ou prateados

Contêm micro-partículas de brilho. São os menos aconselhados para peles oleosas.

Como aplicar o iluminador

Em pó, este produto serve para iluminar zonas concretas com maior intensidade. Nessa textura, aplica-se com o auxílio de um pincel ou com os dedos por cima do fond-de-teint, em zonas específicas, incidindo nas áreas que se pretende iluminar ou fazer sobressair. Em creme, o iluminador serve para conferir um aspeto mais luminoso à pele do rosto. Pode ser utilizado antes, depois ou misturado com o fond-de-teint, como recomendam muitos maquilhadores.

Este produto, quando utilizado em creme, uma textura que muitas mulheres preferem, aplica-se com um pincel pequeno ou com uma ligeira massagem com os dedos, para conseguir um efeito mais natural. Usado com um aplicador, serve para dar toques muito específicos, sobretudo, em zonas mais marcadas, que pode disfarçar ou iluminar sem precisar de usar maquilhagem. Como estes trazem habitualmente um pincel incorporado, a sua aplicação é mais precisa e simples.

Pequenos truques que funcionam mesmo

Para dar um aspeto mais natural à sua boca, pode utilizar o iluminador para aclarar os lábios. Com um pouco de gloss por cima, outro dos truques de maquilhador profissional a que pode recorrer no quotidiano, vai conseguir um ar sensual e muito chique. Se não tem tempo para maquilhar os olhos, como muitas vezes sucede, aplique uma pincelada de iluminador na pálpebra móvel e no arco da sobrancelha para dar um toque de luz aveludado ao seu olhar.

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Aplique o iluminador, idealmente, com luz natural, porque a luz artificial, que muitas vezes utilizamos, pode impedi-la de identificar as zonas que precisam de ser iluminadas. Dependendo do local onde aplicar o este produto de maquilhagem, conseguirá um efeito diferente. Se o aplicar no centro da testa, sobe o olhar e ilumina o rosto em geral. No arco das sobrancelhas, abre o olhar. Na pálpebra fixa, faz desaparecer a sombra produzida pelas pestanas, sobretudo no caso das mais longas. Já se o aplicar na parte alta das maçãs do rosto, este cosmético concentra a luz nesta zona e afina o rosto. Se as tiver muito proeminentes, deve evitar aplicar iluminador nesta zona da face.

No canto interno dos olhos, a área do rosto que se situa entre os olhos e o nariz, essa aplicação faz com que os olhos pareçam mais afastados e também reduz o efeito de olhos muito afundados, como alertam muitos maquilhadores profissionais. Nas abas do nariz, o uso deste produto apaga as sombras que estas provocam e ainda afina o nariz. E, finalmente, quando aplicado no queixo, delimita melhor o contorno do rosto e evita, assim, brilhos desnecessários.

A arte de iluminar

O mais normal, se lhe acabou de cair um iluminador nas mãos, é não saber o que fazer com ele! Não é dos cosméticos mais usados pelas mulheres, portanto não se preocupe se não o souber utilizar. Os dois erros mais comuns são aplicá-lo em sítios desapropriados ou em quantidades excessivas. Não nos podemos esquecer que estes são produtos muito ricos em pigmentos, pelo que só é necessário utilizar uma quantidade mínima para ver o seu efeito sobre a epiderme.

Usá-lo em demasia gera uma acumulação de produto nas rugas de expressão mais marcadas, o que, evidentemente, produz o efeito contrário ao pretendido, acrescentando-nos anos de vida e roubando-nos luminosidade. Este cosmético foi criado para destacar e suavizar a imagem, efeito esse que se consegue aplicando pequenos pontos de luz em zonas estratégicas. Algumas fórmulas podem, contudo, podem ser aplicadas em todo o rosto, fazendo-o irradiar vitalidade.

Para conseguir este efeito, ambicionado por muitas mulheres, é fundamental aplicar pequenos toques em toda a cara e espalhá-lo homogeneamente com os dedos. Em qualquer dos casos, tenha sempre em conta que os tons mais escuros afundam e que os mais claros alisam as superfícies. Se tiver um rosto arredondado, é melhor optar por tonalidades mais escuras. Se estivermos a falar de zonas mais ossudas que formam sombras, deve usar tons mais claros.

Texto: Madalena Alçada Baptista