"A Gap não deixou escolha a Ye (novo nome legal de West) a não ser rescindir o seu contrato de colaboração devido à violação material da Gap", escreveu o advogado do artista, Nicholas Gravante, numa carta, cujo conteúdo foi parcialmente obtido pela AFP.

O também produtor e estilista, com uma personalidade imprevisível, assinou um acordo com a marca em 2020, com planos de combinar roupas clássicas da Gap com os designs da Yeezy, marca de West.

A Gap não respondeu aos pedidos de comentários da AFP.

Wall Street reagiu mal à notícia e as ações da Gap cairam cerca de 3% por volta das 14h00.

O anúncio encerra meses de reclamações nas redes sociais por parte de West, nas quais acusou a marca de excluí-lo do processo criativo e atrasos no marketing.

Gravante disse que West tentou "diligentemente" resolver os problemas com a empresa, mas que "não chegou a lugar nenhum".

"Ye agora vai-se mover rapidamente para recuperar o tempo perdido ao abrir lojas da Yeezy."

Segundo o The New York Times, a Gap esperava obter 1 bilhão de dólares apenas com os produtos Yeezy em cinco dos dez anos de parceria.

A sua coleção lançada este ano replicava o estilo próprio de West, com roupas escuras e folgadas e variações da sweat com capuz que já foi a roupa de assinatura da Gap.

A Gap é proprietária das marcas Banana Republic, Old Navy e Athleta. Com a sua popularidade em queda há anos, a empresa fechou cerca de 350 lojas Gap e Banana Republic desde outubro de 2020.