Ao apresentar o “Estação Menina Bonita”, que abriu portas a 23 de outubro na zona do Oriente, Manoel Júnior não o descreve apenas como um restaurante, mas como uma estação de comboio que pretende levar os clientes por uma viagem multissensorial onde a gastronomia se cruza com o entretenimento e a tecnologia.

Lareiras de vapor de água que aquecem ou refrescam o espaço, centenas de kinetic balls coloridas que sobem e descem do teto, vidros inteligentes, janelas digitais com vista para alguns dos locais mais emblemáticos de Lisboa ou uma cascata de água digital com luzes coloridas e múltiplos efeitos são alguns dos elementos que podem ser controlados à distância através de um smartphone ou comando. A aposta em tecnologia de ponta foi uma forma que o proprietário encontrou para estimular ainda mais os sentidos de todos aqueles que visitam este espaço e procuram uma experiência única.

“A primeira vez que vi uma cascata digital foi em Istambul, na Turquia. Estava a passar pelo parque e comecei a ver ‘caíram letras’ que depois mudavam de formato. Pensei ‘É uma coisa muito gira. Caía bem no meu restaurante’, mas eu queria colocá-la em formato circular de forma a poder colocar um artista a tocar no centro”, explica o dono do espaço em entrevista ao SAPO Lifestyle sobre esta componente, que é fruto das muitas viagens que fez pelo mundo e serviram de inspiração para o projeto do Estação Menina Bonita. Foram precisos 11 meses para Manoel Júnior converter uma antiga fábrica de pneus no restaurante dos seus sonhos que pretende, acima de tudo, proporcionar momentos de diversão. “Tudo foi feito para que as pessoas, quando viessem cá, tivessem algo a mais do que a restauração normal tem. Normalmente, quando acabamos de jantar vamos para casa e aqui temos espetáculo de luz, de música e um lugar para dançar”, salienta, sobre o espaço que conta com um bar onde todas as quintas, sextas e sábados é possível ir beber um copo até às 02:00.

Robôs-gatinhos que servem às mesas e interagem com os clientes

O empresário encontrou na robótica o aliado perfeito para criar um restaurante futurista em Lisboa. Assim apostou em 10 robôs que vão percorrer 1200 metros quadrados e responder aos pedidos que lhes chegam. E não se admire se um deles lhe pedir, educadamente, licença para passar. É que todos eles interagem com os clientes e têm uma função diferente. A Kettybot, que é uma espécie de auxiliar da hostess do espaço, vai à porta receber os clientes e em seguida encaminha-os para uma das 60 mesas ao mesmo tempo que apresenta o menu e os Hollabots são uma ajuda preciosa na hora de pôr e levantar a mesa, transportando a loiça e talheres limpos para a mesa e os sujos para a copa. Já os Bellabots estão responsáveis por trazer as bebidas e a comida diretamente da cozinha, sendo que, graças às diferentes prateleiras, estes robôs-gatinhos conseguem servir até quatro mesas diferentes.

Cada um deles foi programado de acordo com a planta do espaço e para interagirem entre si, podendo dar prioridade de passagem a outro robô ou optar por um corredor sem gente se assim for necessário. O proprietário teve o cuidado de criar corredores largos para estes poderem circular à vontade e auxiliarem os empregados na execução de algumas tarefas. E desengane-se quem acha que estas pequenas máquinas vão ocupar o lugar dos humanos. “Os robôs estão aqui para que os empregados deem importância aquilo que é mais importante, os clientes”, refere sobre o espaço que conta com 300 lugares sentados.

Aqui existe ainda uma sala VIP envidraçada onde é possível fazer jantares de grupo com capacidade 16 pessoas ou reuniões de negócios. Sendo este um restaurante hi-tech, este epaço está equipado com um assistente virtual, um empregado e um robô exclusivo. “Este é o primeiro restaurante em Portugal chamado de immersive restaurant experience.”

A carta: uma viagem pelos sabores do mundo

Estação Menina Bonita
Camarão Colonial créditos: Inês Simão

Apesar do seu desejo em criar um espaço onde pudesse conquistar os clientes através do wow factor, Manoel Júnior tem consciência de que o eventual sucesso de qualquer restaurante passa sempre por comida de qualidade. E no Estação Menina Bonita os clientes são convidados a embarcar numa viagem que os vai levar a conhecer os sabores do mundo. “A carta é muito simples, mas os pratos são muito saborosos. Eu tenho uma memória gustativa muito grande e quando quero comer um prato lembro-me do restaurante onde quero ir. Não vou a restaurantes novos. Eu lembro-me daquilo que quero comer naquele momento e vou àquele restaurante. E era isso que queriamos para o Menina Bonita”, explica sobre o menu onde poderá encontrar 15 pratos principais que prometem levá-lo até países como Itália, Turquia, França, Uruguai ou Holanda sem sair da mesa.

Estação Menina Bonita
Risotto Lombardo créditos: Inês Simão

O Lomo Parrillero (corte bovino grelhado guarnecido com batata-doce frita ou legumes, 24,50€) e o Camarão Colonial (camarão confitado com manteiga e alho, servido com fatias de pêssego numa cama de puré de batata-doce, 22,00€) são alguns dos principais destaques do restaurante, cuja cozinha é liderada pelo chef Lyon Frutuoso e onde não faltam opções vegetarianas e para os mais pequenos. Outros pratos que têm feito sucesso são o Filetto Piemontese (filet mignon servido com risotto de Piemonte e grana padano, 28,50€) e o Risotto Lombardo (risotto de funghi boletus com escalope de lombo, molho gongonzola e grana padano, 23,50€). No campo das sobremesas, o Italian Cake (6,00€) é o mais vendido e consiste num bolo de cenoura com cream cheese, recheado com ganache de chocolate e coberto com creme de confeiteiro.

Estação Menina Bonita
Italian Cake créditos: Inês Simão

Informações

Horário: Segunda a quinta-feira: 12:00-15:00/19:00-23:00

Sexta e sábado: 12:00-15:00/19:00-02:00

Domingo: 12:00-23:00

Morada: Av. Infante Dom Henrique 306 Armazém 5 - Piso 2, 1950-421 Lisboa

Contacto: 915 067 961

Para acompanhar a refeição, os clientes podem optar por uma das quatro poções mágicas (ou sangrias de dois litros, 34,00€) que constam na carta - Lust, Sonas, Dragoste e Anbisyon – ou escolher o vinho que mais lhe agrada na garrafeira do espaço que será inaugurada em breve e contar com o aconselhamento do sommelier.

Apesar de ter apenas um mês de existência, Manoel Júnior já tem mais planos na manga para o Estação Menina Bonita. O seu objetivo é alargar o horário do espaço de forma a que os clientes possam desfrutar de um brunch ou happy hour. Mas de onde vem o nome “Estação Menina Bonita”? Este é uma homenagem à mulher Ana, a menina bonita que o empresário voltou a reencontrar e com que viria a casar ao fim 25 anos separados, e à sua história de amor.

O SAPO Lifestyle esteve no Estação Menina Bonita a convite do restaurante.