"Caros amigos, parti mas deixei o meu testemunho nesta vida, com as minhas conquistas pessoais, a família que construí e as amizades que fui cultivando e que todos vocês fizeram parte (…) agradeço a todos que preencheram a minha vida deixando um grande abraço com grande sorriso, pois a minha missão foi cumprida”, podemos ler no mural do Facebook do restaurante Fialho.

Palavras a título póstumo de Manuel Fialho, falecido a 25 de março, um homem que para além do trabalho de afirmação da identidade alentejana no restaurante Fialho, integrou várias equipas diretivas do Turismo do Alentejo. Foi ainda um dos fundadores da Agência de Promoção Turística do Alentejo e membro fundador da Confraria Gastronómica do Alentejo.

Na página da Presidência da República, Marcelo Rebelo de Sousa endereça o seu pesar à família: “apresento as minhas condolências à família de Manuel Fialho. Conhecido como a alma do restaurante O Fialho, fundado pelo seu pai em 1945, no centro histórico de Évora, foi um militante da gastronomia alentejana e da sua cultura tradicional, projetando a identidade de uma região e tornando-a turisticamente apelativa”.

Dadas as restrições impostas pelo Estado de Emergência que impõem que os funerais sejam acompanhados somente pelos familiares diretos, sem missa e sem cortejo fúnebre, será “oportunamente realizada uma cerimónia para todos vós", lemos no perfil de Facebook do restaurante Fialho.

Fundado em 1945 por Manuel Fialho (pai), o estabelecimento começou por ser uma casa de petiscos alentejanos. Atualmente na terceira geração da família, o Fialho tem em Rui Fialho e na prima Helena Fialho, os rostos da gestão da casa. No seguimento das limitações à restauração impostas pela pandemia associada ao Coronavírus, o estabelecimento encontra-se encerrado temporariamente desde o passado dia 13 de março.