Através de células imunes de ratos, chamadas macrófagos, os cientistas demonstraram que a TAK1 desempenha um papel fundamental na restrição da inflamação e na morte celular, bloqueando a ativação espontânea do inflamassoma NLRP3, um complexo proteico que, quando ativado, ajuda o sistema imunológico inato a reconhecer e montar uma defesa rápida contra bactérias, vírus e outras ameaças. Contudo, a ativação elevada de NLRP3 também está associada à doença humana, incluindo distúrbios mieloproliferativos e inflamatórios.

"Apesar da pesquisa em andamento e do papel central do NLRP3 na inflamação, infeção e imunidade, o mecanismo regulador preciso que rege a ativação do NLRP3, e as suas vias relacionadas à morte celular, ainda não havia sido entendido", disseram os especialistas.

Os resultados mostraram que o TAK1 é um regulador central da homeostase do inflamassoma NLRP3 e acrescentam provas de que os inibidores de TAK1 e outras moléculas na via podem ter um papel na terapêutica do cancro, promovendo a morte das células tumorais.

Sem TAK1, os macrófagos derivados da medula óssea de ratos morreram espontaneamente em laboratório, mesmo na ausência dos sinais normalmente necessários para ativar o NLRP3; macrófagos com TAK1, não.

Mas os macrófagos normais morreram quando tratados com um inibidor de TAK1, uma morte inesperada para os especialistas. As consequências da deficiência de TAK1 incluíram uma cascata bioquímica que ativou as enzimas RIPK1 e caspase-1, que estimula a produção de proteínas como IL-18 e IL-1β, que por sua vez promovem a inflamação e a morte celular por meio da via inflamatória de morte celular.

Este estudo também contribui para mostrar que os inibidores de TAK1 podem ter um papel na terapia imunológica contra o cancro; os compostos que inibem a TAK1 interromperam a proliferação celular, ressaltando o seu potencial no tratamento do cancro.

"Esta pesquisa conseguiu conectar a TAK1, o inflamassoma NLRP3 e a RIPK1, aparentemente pela primeira vez, o que contribuiu para um avanço da nossa compreensão de uma série de caminhos-chave", concluíram os investigadores.

A pesquisa foi publicada no Journal of Experimental Medicine.

Fonte: PIPOP