Segundo o jornal britânico The Telegraph, pelo menos um quinto dos britânicos estão a recorrer a óleo de cozinha para atingirem aquilo que consideram ser "o bronzeado perfeito". As conclusões são de um estudo encomendado pela empresa Asda, que gere uma rede de supermercados britânicos, citado pelo referido diário.

A mesma investigação concluiu que um terço dos britânicos não se preocupa com a utilização de filtro solar, ainda que um em cada dez já tenha sofrido queimaduras graves que obrigaram a atendimento hospitalar.

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Andy Millward, médico dermatologista em Birmingham, citado pelo jornal, alerta que "aplicar um óleo de cozinha na pele na esperança de promover o processo de bronzeamento é ilógico". "Ironicamente, teríamos um bronzeado de aparência mais saudável e mais duradouro se usássemos um produto com alta proteção solar e pequenas quantidades de exposição solar por um maior período de tempo", garantiu.

Apesar de se esta ser caracterizada uma moda da década de 1970, o jornal The Telegraph explica que os bloggers e influencers estão a reavivar aquela tendências nas redes sociais.

Da exposição prolongada ao sol podem resultar queimaduras solares que, para além de dolorosas, constituem um perigo com consequências nefastas para a saúde. A utilização de óleo de cozinha pode agravar a extensão e gravidade desses danos.

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Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) recomenda que sempre que se anda ao ar livre se use protetor solar com um índice adequado à idade e ao tipo de pele, de preferência, igual ou superior a 30.

Essa aplicação deve ser renovada sempre que estiver exposto ao sol (de 2 em 2 horas), especialmente se estiver molhado ou se houve transpiração visível.

Os sintomas das queimaduras são pele vermelha, dolorosa e anormalmente quente, após a exposição solar. Após a queimadura pode ocorrer febre, bolhas na pele e dor intensa nas regiões afectadas.

Em caso de queimadura solar, a DGS recomenda:

  • Evitar nova exposição ao sol;
  • Aplicar compressas com água fria;
  • Não rebentar as bolhas;
  • Não aplicar álcool, manteiga ou óleos gordos;
  • Contactar o médico, sempre que necessário.

Só este ano, estima-se que surjam cerca de 13 mil novos casos de cancro de pele em Portugal, mil dos quais melanomas.

O cancro de pele é um dos principais riscos da exposição descontrolada e descuidada ao sol.