Num despacho publicado na segunda-feira na sua página na rede social Facebook, o autarca justifica a suspensão com o facto de terem sido identificados em Cascais, distrito de Lisboa, aglomerados de pessoas nos postos de combustível “em desrespeito pelas orientações em vigor de distanciamento social e proibição de ajuntamentos de mais de 10 pessoas”, no âmbito da pandemia da covid-19.

Carlos Carreiras lembra que na sequência das medidas de contenção e prevenção da covid-19, e por razões de saúde pública, vários estabelecimentos foram encerrados entre os quais bares e discotecas, locais de convívio social e de venda de bebidas.

“Na ausência de funcionamento dos referidos estabelecimentos, tem-se vindo a verificar a procura e consumo de bebidas alcoólicas junto dos postos de abastecimento de combustível do concelho de Cascais”, é referido no texto.

De acordo com o texto, a venda de bebidas nos postos de abastecimento tem vindo a proporcionar ajuntamentos de pessoas no exterior destes estabelecimentos, algumas vezes superior ao permitido, bem como desacatos provocados pelo consumo de álcool.

Carlos Carreiras lembra que o comportamento das pessoas pode ter consequências graves para a saúde pública na situação de calamidade, onde se exige de todos o distanciamento social.

Por isso, o autarca determinou a suspensão da venda bebidas alcoólicas nos postos de combustíveis entre as 20:00 e as 08:00, pelo período abrangido pela declaração do estado de calamidade.

Determinou também a afixação de um anúncio de não realização de venda de bebidas alcoólicas que seja visível do exterior do estabelecimento.

Segundo o presidente da Câmara de Cascais, os postos de abastecimentos e respetivas empresas exploradores devem ser informados pelo Departamento da Polícia Municipal, que vai reforçar a fiscalização.

“O desrespeito poderá desencadear o encerramento temporário do estabelecimento em causa e demais consequências legais com a cooperação das autoridades publicas competentes”, é ainda referido no despacho.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 373 mil mortos e infetou mais de 6,2 milhões de pessoas em 196 países e territórios.

Cerca de 2,6 milhões de doentes foram considerados curados.

Em Portugal, morreram 1.424 pessoas das 32.700 confirmadas como infetadas, e há 19.552 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.