O vice-diretor da Comissão de Saúde da China, Zeng Yixin, considerou que a “situação melhorou” a nível nacional, mas sublinhou que na província de Hubei, centro do surto, o número de mortes e novos casos diários ainda está “num nível alto” a deve ser levado “a sério”.

A Comissão de Saúde da China anunciou esta manhã que o número de mortos no continente chinês subiu para 2.236. 

Recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Caso apresente sintomas de doença respiratória, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24). Caso se dirija a uma unidade de saúde deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas; evitar o contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir;
  • Evitar o contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país onde se encontra.

Hubei registou hoje mais 115 mortes e 631 casos de infeção. No total, o número de infetados ultrapassou os 60.000, dos quais 2.144 morreram. As autoridades chinesas isolaram várias cidades da província para tentar controlar a epidemia, medida que abrange cerca de 60 milhões de pessoas.

“O controlo do surto alcançou conquistas significativas e a situação tende a melhorar”, disse Zeng, lembrando que o número diário de novos casos diários confirmados na China continental caiu de um máximo de 15.152, no dia 13 de fevereiro, para menos de 900, até à meia-noite de hoje.

No entanto, esse pico nos novos casos ocorreu num dia em que as autoridades chinesas alteraram a metodologia da contagem, passando a incluir “casos clinicamente diagnosticados”, sem exame laboratorial.

Na quinta-feira, as autoridades chinesas voltaram a alterar a metodologia da contagem de infetados com o coronavírus Covid-19 e passaram a contabilizar apenas pacientes sujeitos a exame laboratorial, uma decisão que se refletiu na descida acentuada no número de novos casos.

Em todo o país, com exceção de Hubei, o número de novos casos caíram de um pico de 890 para menos de 300, na quinta-feira, realçou Zeng. Em Wuhan, capital de Hubei, o número de novos casos diários confirmados passaram de um pico de 3.190 para menos de 400.

Veja em baixo o mapa interativo com os casos de coronavírus confirmados até agora

Se não conseguir ver o mapa desenvolvido pela Universidade Johns Hopkins, siga para este link.

O responsável notou ainda que o número de pacientes que superaram a doença na China cresceu significativamente nos últimos três dias e igualou o número de novos casos.

O número de províncias e regiões autónomas sem novos casos também continuou a aumentar e atingiu hoje as 14, incluindo Tibete, Xinjiang ou Mongólia Interior.

Na mesma conferência de imprensa, o vice-ministro da Ciência e Tecnologia, Xu Nanping, disse que a primeira vacina contra o coronavírus deve estar pronta para testes clínicos no final de abril.

Xu destacou a recuperação de vários pacientes graças ao tratamento com plasma, que consiste na transferência de sangue de pessoas recuperadas para pacientes em estado grave.

“Aqueles que recuperaram podem desempenhar um papel extraordinário em ajudar os outros a recuperarem”, observou.

O coronavírus Covid-19 já infetou mais de 75.000 pessoas a nível mundial.

Além dos mais de 2.200 mortos na China continental, morreram três pessoas no Japão, duas na região chinesa de Hong Kong, duas no Irão, uma nas Filipinas, uma em França, uma em Taiwan e uma na Coreia do Sul.

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