De acordo com o estudo, publicado na revista académica Annals of Oncology, o cancro do pulmão será o mais mortífero, prevendo os investigadores que cause a morte de 280 mil pessoas (183.200 homens e 96.800 mulheres).

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A equipa liderada por Carlo La Vecchia, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Milão, em Itália, estima também que 360 mil mortes por cancro serão evitadas este ano.

Para fazer as suas estimativas plasmadas no estudo, o grupo baseou-se nas taxas de mortalidade por cancro registadas na União Europeia, como um todo, e nos seis maiores países (França, Alemanha, Itália, Polónia, Espanha e Reino Unido).

Dados de vários tumores

Nestes seis países, os investigadores verificaram a taxa de mortalidade para todos os cancros e para dez cancros específicos (estômago, intestino, pâncreas, pulmão, mama, útero, ovário, próstata, bexiga e leucemias).

Foram igualmente recolhidos dados da Organização Mundial de Saúde de 1970 a 2014.

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O ano de 2019 é o nono ano consecutivo para o qual a equipa científica estabeleceu estimativas sobre a morte por cancro na União Europeia.

Nas mulheres, o cancro da mama, o segundo mais mortífero depois do pulmão, irá provocar mais 800 mortes comparativamente a 2014 (92.800 no total), anteveem os autores do estudo, apontando este aumento como consequência do envelhecimento da população.

O que é o "cancro"?

O cancro é a proliferação anormal de células. Não existe um cancro. Existem centenas deles, nas suas várias tipologias. O cancro tem início nas células; um conjunto de células forma um tecido e, por sua vez, os tecidos formam os órgãos do corpo humano.

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Normalmente, as células crescem e dividem-se para formar novas células. No seu ciclo de vida, estas envelhecem, morrem e são substituídas por outras. Algumas vezes, este processo ordeiro corre mal: formam-se células novas, sem que o organismo necessite e, ao mesmo tempo, as células velhas não morrem. Este conjunto extra forma um tumor. Nem todos os tumores correspondem a cancro. Os tumores podem ser benignos ou malignos.

O número de novos casos de doença oncológica na União Europeia deve chegar este ano aos três milhões, com Portugal a ultrapassar os 58 mil novos diagnósticos. Mais de metade acaba por morrer vítima da doença, segundo estimativas do último relatório da OCDE sobre saúde.