Não entrar em pânico

Estatísticas há muitas e não é nossa especialidade falar de números ou de taxas de contágio. No entanto, acreditamos ser fundamental que não entremos em pânico. A verdade é que estamos a habituar-nos a um novo normal, que implicará alterações aos nossos hábitos de vida. Vamos ter de viver com naturalidade e calma, pois se entrarmos em pânico podemos tomar más decisões e fazer disparates.

Não facilitar

O pânico não pode ser o oposto do facilitismo. Ou seja, não podemos entrar em pânico mas também não podemos facilitar nas medidas de proteção e no respeito que temos por nós e pelas outras pessoas. Esta doença veio alertar para a importância da nossa responsabilidade social. Talvez tenhamos sido sensibilizados para a necessidade de pensar mais nos outros e nas consequências dos nossos atos. Neste caso, pequenos gestos fazem toda a diferença.

Manter os hábitos de saúde

Alguns dos nossos hábitos foram alterados. Uns por necessidade, outros por obrigatoriedade e preguiça. Se já não fazíamos desporto porque encontrávamos sempre desculpa (mesmo que paguemos a assinatura do ginásio), o vírus vem trazer mais areia na engrenagem. Por outro lado, e talvez mais grave, tenhamos deixado os nossos hábitos de saúde para segundo plano. Devido à pandemia, foram adiamos vários milhões de consultas e de exames. Mas será que estes não são importantes?

Não devemos facilitar nos hábitos de saúde para não colocarmos em causa a nossa vida e a qualidade de vida que queremos ter, hoje e no futuro. Sim, podemos ter receio em deslocar-nos aos hospitais públicos (que estão mais focados no combate à pandemia) mas se temos a necessidade de cuidados médicos, talvez seja prudente ponderar em fazer um plano de saúde ou um seguro de saúde. É um custo adicional mas não nos iludamos que vai ser impossível recuperar os atrasos num horizonte temporal razoável.

Há vida para além da pandemia mas temos de fazer a nossa parte para que esta seja o mais duradora e com a maior qualidade possível. Pequenos gestos podem fazer a diferença, mas não podemos facilitar no acesso aos cuidados de saúde.