“Acredito que teremos restrições fronteiriças significativas durante a maior parte deste ano, mesmo que a maioria da população seja vacinada. Não sabemos se [a vacina] irá impedir a transmissão do vírus”, disse o secretário do Ministério da Saúde, Brendan Murphy, à ABC News.

Cerca de 75% da população australiana, que iniciará o seu programa de vacinação covid-19 em meados de Fevereiro, pretende ser imunizada contra o coronavírus, de acordo com um inquérito realizado no mês passado pela empresa de consultoria Roy Morgan.

Entretanto, as autoridades australianas, que demonstraram a sua eficácia no rastreio de contactos, estão a tentar determinar a segurança das vacinas após a morte na Noruega de cerca de 30 pessoas idosas, que tinham problemas de saúde subjacentes, após terem recebido a vacina Pfizer.

A Austrália tem mantido as suas fronteiras internacionais fechadas desde março de 2020 e só permite a entrada dos seus residentes e cidadãos, alguns dos seus familiares mais próximos, diplomatas e outras exceções.

As autoridades australianas anunciaram este fim de semana que vão disponibilizar 20 voos ‘charter’ para repatriar alguns dos mais de 30 mil residentes e cidadãos australianos no estrangeiro, depois de a companhia aérea Emirates ter anunciado que iria suspender os voos para Melbourne, Sidney e Brisbane.

Qualquer pessoa que entre no país está sujeita a uma quarentena obrigatória de 14 dias, como é o caso dos tenistas que participam no Open da Austrália, agendado entre 08 e 21 de fevereiro.

Até à data, um total de 72 jogadores foram forçados a ficar confinados aos seus quartos de hotel em Melbourne. Todos os jogadores que viajaram para participar no Open da Austrália estão obrigados a fazer quarentena, embora possam treinar, sob supervisão, durante um máximo de cinco horas.

A Austrália não registou hoje quaisquer infeções locais de covid-19.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.022.740 mortos resultantes de mais de 94,4 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.