O anúncio foi feito pelo ministro da Saúde burundiano, Thaddée Ndikumana, que revelou que duas pessoas que estavam em isolamento num hotel no país foram diagnosticadas com a doença.

Com este anúncio, o número de países afetados pelo novo coronavírus em África sobe para 49, depois de também a Serra Leoa ter anunciado hoje o primeiro caso de infeção.

O Botsuana anunciou hoje também a primeira vítima mortal, segundo noticia o jornal local Mmegi.

Num anúncio feito na televisão BTV, o vice-presidente do país, Slumber Tsogwane, anunciou a morte de uma mulher de 79 anos que tinha estado na África do Sul e referiu que há 14 pessoas sob observação por terem estado em contacto com a vítima mortal.

O responsável referiu que a mulher começou a apresentar sintomas em 21 de março e que morreu na quarta-feira passada, dia 25.

De acordo com o mais recente boletim do Centro para a Prevenção e Controlo de Doenças da União Africana (África CDC), o número de casos positivos de infeção pelo novo coronavírus em África ultrapassa os 5.400, com as mortes associadas à doença a alcançarem os 173.

Neste boletim, com dados recolhidos até às 14:00 de Lisboa, o África CDC contabiliza ainda 387 doentes recuperados.

O boletim não contabiliza estes primeiros casos no Burundi ou a primeira morte no Botsuana.

Até ao momento, não foram anunciados quaisquer casos em São Tomé e Príncipe, Sudão do Sul, Comores, República Sarauí, Lesoto e Maláui.

Assim, São Tomé e Príncipe é o único país lusófono sem qualquer caso confirmado.

Angola confirmou sete casos de infeção pelo novo coronavírus, tendo registado duas mortes associadas à covid-19, Cabo Verde regista seis casos e uma morte, Moçambique confirmou oito, o mesmo número que a Guiné-Bissau.

Na Guiné Equatorial, que integra a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, as autoridades confirmaram 14 casos positivos de infeção pelo novo coronavírus.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 828 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 41 mil.

Dos casos de infeção, pelo menos 165 mil são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.