Na sua sexta reunião de acompanhamento da pandemia da covid-19, o comité apelou para uma “expansão global” das técnicas de sequenciação que permitem reconhecer mutações do SARS-CoV-2 e para a partilha dessa informação entre todos.

Para isso, defende que se aumente o investimento “nas capacidades de vigilância e sequenciação para detetar e comunicar logo que apareçam variantes e avaliar mudanças abruptas no ritmo de transmissão ou gravidade da doença”.

Na reunião de quinta-feira, cujas conclusões foram hoje divulgadas, o Comité aconselhou os países a não exigirem aos viajantes que chegam às suas fronteiras prova de vacinação, “dado que o impacto das vacinas na redução da transmissão ainda não é conhecido e que a sua disponibilidade é demasiado limitada”.

Aos países membros, pede que tomem medidas em relação às viagens de forma “coordenada, limitada no tempo, tendo em conta o risco e baseada em evidências científicas”.

Às empresas farmacêuticas que estão a desenvolver vacinas, pede que se apressem a dar à OMS os dados sobre a sua segurança e eficácia, a falta dos quais “é uma barreira para garantir a distribuição global atempada e equitativa de vacinas”.

Pedem aos países que acelerem a investigação sobre o que não se conhece sobre a eficácia das vacinas contra a covid-19 como o que diz respeito à “transmissão, proteção contra as formas graves da doença e infeção assintomática, duração da imunidade e proteção prolongada”.

O Comité manteve a classificação da covid-19 como uma emergência de saúde pública de importância internacional, recomendando ao secretariado da OMS, a agência das Nações Unidas para a Saúde, que “encoraje a partilha rápida de sequências e meta-dados para reforçar a vigilância da evolução do vírus e para compreender melhor as variantes e os seus efeitos na eficácia das vacinas, terapias e diagnósticos.

Diversas variantes do coronavírus SARS-CoV-2, que provoca a doença covid-19, já descobertas, como a que teve origem no Reino Unido em setembro passado, demonstram ser mais contagiosas, mas não há provas, para já, de que provoquem casos mais graves da doença.

O Comité recomendou ainda que a OMS adote um sistema padronizado para dar nome às novas variantes, “evitando designações geográficas”.