Na conferência de imprensa de hoje para atualização de informação sobre a pandemia de COVID-19 em Portugal, Graça Freitas fez questão de explicar também o porquê de setembro ser um mês de um “grande desafio”.

“Não há aqui nenhum tabu, nem nenhum preconceito contra o futebol, é obvio. Temos é que ver o contexto em que estamos. Temos de ver como acontece a retoma das aulas e ver o início do outono e do inverno. Público nos jogos de futebol é considerado uma atividade desejada, mas temos de ter estas cautelas. É importante que se diga este faseamento das questões”, justificou.

Graça Freitas reforçou que “a retoma das atividades deve ser feita de forma faseada”, sendo que no período entre 14 e 17 de setembro “vai haver uma movimentação de milhares e milhares de pessoas e uma alteração da epidemiologia da doença própria do inverno”.

A I Liga terá início no fim de semana de 19 e 20 de setembro, uma semana depois do arranque da II Liga, sendo que ambas as competições profissionais terminam no dia 19 de maio de 2021.

Relativamente à Fórmula 1, com o Grande Prémio de Portugal a realizar-se em Portimão, de 23 a 25 de outubro, foi “dado o parecer favorável” para a presença de público no evento, como há muito foi confirmado.

“À Fórmula 1 demos o parecer favorável. Até houve já um evento que serviu de piloto à Fórmula 1, as Superbikes, em 07 de agosto. Foi teste para ver como era o comportamento do público nas bancadas”, recordou Graça Freitas.

Por fim, sublinhou que este tipo de situações são “negociadas e dizem respeito a aspetos técnicos, regras de segurança e à vontade dos organizadores”.

Portugal regista hoje mais três mortos e 390 novos casos de infeção por COVID-19, em relação a terça-feira, segundo o boletim epidemiológico diário da Direção-Geral da Saúde (DGS).

De acordo com o boletim, desde o início da pandemia até hoje registam-se 58.633 casos de infeção confirmados e 1.827 mortes.

Os dados da DGS indicam que as três vítimas mortais foram registadas na região de Lisboa e Vale do Tejo, que contabiliza 30.208 casos (mais 168) e 671 mortos.