Tedros Adhanom Ghebreyesus, que falava da sede da OMS, em Genebra, na Suíça, numa sessão pública virtual, reclamou um "compromisso político", criticando a "ausência de solidariedade global".

"Os grandes poderes não estão a trabalhar em conjunto", afirmou, pedindo aos líderes mundiais "solidariedade genuína", mas também "apoio financeiro" para os países "que mais necessitam" e financiamento para tratamentos e vacinas para a covid-19.

O diretor-executivo do Programa de Emergências em Saúde da OMS, Mike Ryan, insistiu, por sua vez, que os líderes mundiais devem ouvir os cientistas.

O debate da Assembleia-Geral da ONU começa na terça-feira, em Nova Iorque, com os discursos políticos a serem proferidos virtualmente devido à pandemia da covid-19.

A reunião magna de um dos principais órgãos das Nações Unidas inclui na agenda a ação climática e a reconstrução pós-pandemia.

A pandemia da covid-19 já provocou pelo menos 946.727 mortos e mais de 30,2 milhões de casos de infeção em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência noticiosa francesa AFP.

Em Portugal, morreram 1.894 pessoas dos 67.176 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A covid-19 é uma doença respiratória causada por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China, que se disseminou rapidamente pelo mundo.