Portugal regista esta segunda-feira mais 21.917 casos de COVID-19 e 31 óbitos associados à doença, segundo o último relatório da Direção-Geral da Saúde (DGS) divulgado hoje.

Desde março de 2020, morreram 19.334 pessoas com esta patologia em território nacional e foram identificados 1.906.891 casos de infeção pelo vírus SARS-CoV-2.

De acordo com o último relatório oficial, registaram-se mais 18.083 casos de recuperação nas últimas 24 horas. Ao todo há agora 1.556.399 doentes recuperados da doença em Portugal.

A região Norte é a área do país com mais novas notificações, num total de 40,78% dos diagnósticos.

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O relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24h00 de ontem, indica que a região de Lisboa e Vale do Tejo é a que regista o maior número de mortes acumuladas relacionadas com o vírus SARS-CoV-2 com 8.149 (+17), seguida do Norte com 5.872 óbitos (+6), Centro (3.408, +3) e Alentejo (1.103, +1). Pelo menos 608 (+3) mortos foram registados no Algarve. Há 139 mortes (+1) contabilizadas na Madeira. Nos Açores registam-se 55 (=) óbitos associados à doença.

Internamentos a subir

Em todo o território nacional, há 1.938 doentes internados, mais 125 face ao valor de ontem, e 174 em unidades de cuidados intensivos (UCI), mais seis em relação ao dia anterior.

De acordo com o boletim da DGS sobre a situação epidemiológica, existem 331.158 casos ativos da infeção em Portugal — mais 3.803 do que ontem — e 301.161 pessoas em vigilância pelas autoridades — mais 20.217 do que no dia anterior.

Imagem do boletim da DGS
Imagem do boletim da DGS

A região de Lisboa e Vale do Tejo é a área do país com maior número de infeções acumuladas, com 751.449 (+7.938), seguida da região Norte (699.720 +8.937), da região Centro (253.750 +2.078), do Algarve (74.142, +796) e do Alentejo (63.430 +532). Nos Açores existem 18.219 casos contabilizados (+404) e na Madeira 46.181 (+1.232).

O que nos diz a matriz de risco?

Portugal apresenta uma incidência superior a 3.840 casos de infeção por SARS-CoV-2/COVID-19 por cada 100.000 habitantes - mais do que os 3.813,6 casos de sexta-feira - e um índice médio de transmissibilidade R(t) nacional de 1,13, inferior aos 1,19 desse dia. Com estes valores, o país mantém-se fora da zona de segurança da matriz de risco.

No território continental, o R(t) fixou-se nos 1,13. A DGS atualiza estes dados à segundas, quartas e sexta-feiras.

Imagem do boletim da DGS
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Faixas etárias mais afetadas

O maior número de óbitos concentra-se entre as pessoas com mais de 80 anos, com 12.511 registadas (+13) desde o início da pandemia, seguidas das que tinham entre 70 e 79 anos (4.203, +9), entre 60 e 69 anos (1.777, +5) entre 50 e 59 anos (572, +2), 40 e 49 anos (197, +1) e entre 30 e 39 anos (50, =). Há ainda 18 mortes registadas (+1) entre os 20 e os 29 anos, três (=) entre os 10 e os 19 anos e três (=) entre os 0 e os 9 anos.

Os dados indicam que, do total das vítimas mortais, 10.174 são do sexo masculino e 9.160 do feminino.

A faixa etária entre os 40 e os 49 anos é a que tem maior incidência de casos, contabilizando-se um total de 323.641 infeções (+3.855), seguida da faixa etária dos 20 aos 29 anos, com 321.529 (+2.977), e da faixa etária dos 30 aos 39 anos, com 294.703 (+3.298). Logo depois, surge a faixa etária entre os 50 e os 59 anos, com 262.139 reportadas (+2.389). A faixa etária entre os 10 e os 19 anos tem 213.918 (+3.228), entre os 60 e os 69 anos soma 163.367 (+1.105) e a dos 0-9 anos tem 138.082 infeções reportadas (+4.106) desde o início da pandemia. Por último, surge a faixa etária dos 70 aos 79 anos, que totaliza infeções 95.452 (+579) e dos 80 ou mais anos, com 94.060 casos (+380).

Desde o início da pandemia, houve 895.432 homens infetados e 1.009.443 mulheres, sendo que se desconhece o género de 2.016 pessoas.

Vídeo - O que é que as vacinas têm feito por nós?

Recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Caso apresente sintomas de doença respiratória, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24). Caso se dirija a uma unidade de saúde deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas; evitar o contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir;
  • Evitar o contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país onde se encontra.

A COVID-19, causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, é uma infeção respiratória aguda que pode desencadear uma pneumonia.

A doença é transmitida por um novo vírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Portugal é o sexto país do mundo com mais novos casos 

Portugal é o quarto país da União Europeia (UE) e sexto do mundo com mais novos casos diários de contágio com SARS-CoV-2 por milhão de habitantes nos últimos sete dias, segundo o 'site' estatístico Our World in Data.

De acordo com os dados atualizados à data de hoje, o estado-membro com maior média de novos contágios é França, com 4.370 por milhão de habitantes, seguida da Dinamarca (3.970) e Irlanda (3.590), enquanto Portugal está com uma média de 3.440 novos casos por milhão de habitantes nos últimos sete dias.

A nível mundial neste indicador, e considerando apenas os países e territórios com mais de um milhão de habitantes, no topo da lista encontra-se Israel, com uma média diária de 4.440 novos casos, seguido de França, Austrália (4.100), Dinamarca, Irlanda e Portugal. Na semana passada, Portugal era o sétimo país da UE com mais novos casos, com uma média diária de 2.390.

A média europeia neste indicador subiu esta semana de 1.830 novos casos para 2.130, enquanto a mundial subiu de 307 para 372. No contexto da UE, os países com menor média de novos casos por milhão de habitantes estão a leste: Polónia (377), Roménia (439), Eslováquia (534) e Hungria (653).

Portugal era na semana passada o quarto com menos mortes atribuídas à covid-19 por milhão de habitantes nos sete dias anteriores, com uma média de 1,52, mas hoje está em 2,67.

O estado-membro com maior média de mortes diárias a sete dias continua esta semana a ser a Bulgária, com 10,9, seguida da Polónia (9,6), Eslováquia (8,8) e Croácia (8,4). Bulgária, Polónia, Geórgia (9,4), Eslováquia e Grécia (8,1) são os países com maior média de mortes diárias atribuídas à covid-19 a nível mundial.

A média da UE neste indicador situa-se em 3,98 (ligeira subida de quatro décimas) e a mundial em 0,9, mais uma décima do que na semana passada.

Veja ainda: Estes são os vírus mais letais do mundo

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