Portugal regista esta sexta-feira mais 3.205 casos de COVID-19 e oito óbitos associados à doença, segundo o último relatório da Direção-Geral da Saúde (DGS) divulgado hoje.

Desde o início da pandemia, morreram 18.393 pessoas com esta patologia em território nacional e foram identificados 1.136.446 casos de infeção pelo vírus SARS-CoV-2.

De acordo com o último relatório oficial, registaram-se mais 1.842 casos de recuperação nas últimas 24 horas. Ao todo há agora 1.067.173 doentes recuperados da doença em Portugal.

A região de Lisboa e Vale do Tejo é a área do país com mais novas notificações, num total de 32,2% dos diagnósticos.

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O relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24h00 de ontem, indica que a região de Lisboa e Vale do Tejo é a que regista o maior número de mortes acumuladas relacionadas com o vírus SARS-CoV-2 com 7.811 (+3), seguida do Norte com 5.639 óbitos (+2), Centro (3.246, +3) e Alentejo (1.059, =), Pelo menos 501 (=) mortos foram registados no Algarve. Há 89 mortes (+1) contabilizadas na Madeira. Nos Açores registam-se 48 (=) óbitos associados à doença.

Internamentos sobem

Em todo o território nacional, há 705 doentes internados, mais 14 do que ontem, e 100 em unidades de cuidados intensivos (UCI), menos três do que no dia anterior.

De acordo com o boletim da DGS sobre a situação epidemiológica, existem 50.580 casos ativos da infeção em Portugal — mais 1.355 do que ontem — e 56.597 pessoas em vigilância pelas autoridades — mais 3.834 do que no dia anterior.

Imagem do boletim da DGS
Imagem do boletim da DGS

A região de Lisboa e Vale do Tejo é a área do país com maior número de infeções acumuladas, com 436.886 (+1.031), seguida da região Norte (428.389 +926), da região Centro (157.264, +774), do Algarve (47.393, +199) e do Alentejo (42.011 +74). Nos Açores existem 10.009 casos contabilizados (+17) e na Madeira 14.222 (+91).

O que nos diz a matriz de risco?

Portugal apresenta uma incidência de 279,8 casos de infeção por SARS-CoV-2/COVID-19 por cada 100.000 habitantes, superior ao valor de há dois dias (251,1), e um índice médio de transmissibilidade R(t) nacional de 1,19, inferior a 1,20 de quarta-feira. Com estes valores, o país mantém-se fora da zona de segurança da matriz de risco.

No território continental, o R(t) fixou-se nos 1,20, o mesmo valor de anteontem. A DGS atualiza estes dados à segundas, quartas e sexta-feiras.

Imagem do boletim da DGS
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Faixas etárias mais afetadas

O maior número de óbitos concentra-se entre as pessoas com mais de 80 anos, com 11.991 (+6) registadas desde o início da pandemia, seguidas das que tinham entre 70 e 79 anos (3.947, +2), entre 60 e 69 anos (1.676, =) entre 50 e 59 anos (529, =), 40 e 49 anos (185, =) e entre 30 e 39 anos (47, =). Há ainda 13 mortes (=) registadas entre os 20 e os 29 anos, duas (=) entre os 10 e os 19 anos e três (=) entre os 0 e os 9 anos.

Os dados indicam que, do total das vítimas mortais, 9.631 são do sexo masculino e 8.762 do feminino.

A faixa etária entre os 20 aos 29 anos é a que tem maior incidência de casos, contabilizando-se um total de 183.946 infeções (+446), seguida da faixa etária dos 40 e os 49 anos, com 182.149 (+529), e da faixa etária dos 30 aos 39 anos, com 166.890 (+435). Logo depois, surge a faixa etária entre os 50 e os 59 anos, com 154.384 (+391) reportadas. A faixa etária entre os 10 e os 19 anos tem 121.521 (+346), entre os 60 e os 69 anos soma 105.764 (+350) e a com 80 ou mais anos totaliza 79.152 (+83) casos. Por último, surge a faixa etária dos 0-9 anos com 74.288 (+418) infeções reportadas desde o início da pandemia.

Desde o início da pandemia, houve 527.413 homens infetados e 608.249 mulheres, sendo que se desconhece o género de 784 pessoas.

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Recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Caso apresente sintomas de doença respiratória, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24). Caso se dirija a uma unidade de saúde deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas; evitar o contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir;
  • Evitar o contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país onde se encontra.

A COVID-19, causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, é uma infeção respiratória aguda que pode desencadear uma pneumonia.

A doença é transmitida por um novo vírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Balanço mundial

A pandemia provocada pelo novo coronavírus já fez pelo menos 5.180.276 mortos em todo o mundo desde que foi notificado o primeiro caso na China no final de 2019, segundo o balanço diário da agência France-Presse (AFP). Mais de 259.469.640 pessoas foram infetadas pelo coronavírus SARS-CoV-2 em todo o mundo no mesmo período e até às 11:00 de hoje, de acordo com o balanço.

Na quinta-feira, registaram-se 7.242 mortes e 568.292 novas infeções, segundo os números coligidos e divulgados pela AFP. Os países que registaram mais mortes nas últimas 24 horas foram a Rússia (1.235), a Ucrânia (628) e a Índia (488).

Os Estados Unidos continuam a ser o país mais afetado, tanto em número de mortes como de infeções, com um total de 775.797 óbitos e 48.126.574 casos, segundo dados da universidade norte-americana Johns Hopkins. Depois dos Estados Unidos, os países mais afetados são o Brasil com 613.642 mortes e 22.055.238 casos, a Índia com 467.468 mortes (34.555.431 casos), o México com 293.449 mortes (3.876.391 casos) e a Rússia com 270.292 mortos (9.502.879 casos).

Entre os países mais atingidos, o Peru é o que apresenta o maior número de mortes em relação à sua população, com 610 mortos por 100.000 habitantes, seguido pela Bulgária (400), Bósnia-Herzegovina (378), Montenegro (362), Macedónia do Norte (360), Hungria (349) e República Checa (305).

Em termos de regiões do mundo, América Latina e Caraíbas totalizam 1.537.820 mortes para 46.569.170 casos, Europa 1.503.946 mortes (82.792.404 casos), Ásia 893.787 mortes (57.024.943 casos), Estados Unidos e Canadá 805.391 mortes (49.903.353 casos), África 222.235 mortes (8.621.125 casos), Médio Oriente 213.841 mortes (14.257.213 casos) e Oceânia 3.256 mortes (301.434 casos).

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