Portugal regista esta sexta-feira mais 844 casos de COVID-19 e quatro óbitos associado à doença, segundo o último relatório da Direção-Geral da Saúde (DGS) divulgado hoje.

Desde o início da pandemia, morreram 18.153 pessoas com esta patologia em território nacional e foram identificados 1.088.977 casos de infeção pelo vírus SARS-CoV-2.

De acordo com o último relatório oficial, registaram-se mais 755 casos de recuperação nas últimas 24 horas. Ao todo há agora 1.039.284 doentes recuperados da doença em Portugal.

A região de Lisboa e Vale do Tejo é a área do país com mais novas notificações, num total de 39,3% dos diagnósticos.

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O relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24h00 de ontem, indica que a região de Lisboa e Vale do Tejo é a que regista o maior número de mortes acumuladas relacionadas com o vírus SARS-CoV-2 com 7.726 (+3), seguida do Norte com 5.598 óbitos (+1), Centro (3.179, = ) e Alentejo (1.052, = ). Pelo menos 479 (=) mortos foram registados no Algarve. Há 45 (=) mortes contabilizadas nos Açores. Na Madeira registam-se 74 óbitos (=) associados à doença.

Internamentos sobem

Em todo o território nacional, há 331 doentes internados, mais 13 do que ontem, e 65 em unidades de cuidados intensivos (UCI), mais cinco do que no dia anterior.

De acordo com o boletim da DGS sobre a situação epidemiológica, existem 31.540 casos ativos da infeção em Portugal — mais 85 do que ontem — e 22.168 pessoas em vigilância pelas autoridades — mais 238 do que no dia anterior.

Imagem do boletim da DGS
Imagem do boletim da DGS

A região de Lisboa e Vale do Tejo é a área do país com maior número de infeções acumuladas, com 420.572 (+332), seguida da região Norte (415.833 +239), da região Centro (146.572, +156), do Alentejo (40.134, +26) e do Algarve (43.896, +45). Nos Açores existem 9.322 casos contabilizados (+27) e na Madeira 12.648 (+19).

O que nos diz a matriz de risco?

Portugal apresenta uma incidência de 97,4 casos de infeção por SARS-CoV-2/COVID-19 por cada 100.000 habitantes – superior aos 94,8 casos de quarta-feira - e um índice médio de transmissibilidade R(t) nacional de 1,08, igual ao registado há dois dias. Com estes valores, o país está fora do quadrante verde da matriz de risco, passando para uma zona de risco.

No território continental, o R(t) fixou-se nos 1,08. A DGS atualiza estes dados à segundas, quartas e sexta-feiras.

Matriz de risco da DGS
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Faixas etárias mais afetadas

O maior número de óbitos concentra-se entre as pessoas com mais de 80 anos, com 11.846 (+4) registadas desde o início da pandemia, seguidas das que tinham entre 70 e 79 anos (3.886, =), entre 60 e 69 anos (1.651, =) entre 50 e 59 anos (523, =), 40 e 49 anos (182, =) e entre 30 e 39 anos (47, =). Há ainda 13 mortes (=) registadas entre os 20 e os 29 anos, duas (=) entre os 10 e os 19 anos e três (=) entre os 0 e os 9 anos.

Os dados indicam que, do total das vítimas mortais, 9.522 são do sexo masculino e 8.631 do feminino.

A faixa etária entre os 20 aos 29 anos é a que tem maior incidência de casos, contabilizando-se um total de 177.319 (+142) infeções, seguida da faixa etária dos 40 e os 49 anos, com 174.526 (+98), e da faixa etária dos 30 aos 39 anos, com 160.473 (+120). Logo depois, surge a faixa etária entre os 50 e os 59 anos, com 148.435 (+120) infeções reportadas. A faixa etária entre os 10 e os 19 anos tem 116.856 (+88), entre os 60 e os 69 anos soma 100.847 (+72) e a com 80 ou mais anos totaliza 77.361 (+68) casos. Por último, surge a faixa etária dos 0-9 anos com 68.298 (+80) infeções reportadas desde o início da pandemia.

Desde o início da pandemia, houve 503.839 homens infetados e 584.391 mulheres, sendo que se desconhece o género de 747 pessoas.

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Recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Caso apresente sintomas de doença respiratória, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24). Caso se dirija a uma unidade de saúde deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas; evitar o contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir;
  • Evitar o contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país onde se encontra.

A COVID-19, causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, é uma infeção respiratória aguda que pode desencadear uma pneumonia.

A doença é transmitida por um novo vírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Balanço mundial

A pandemia de COVID-19 matou, até hoje, pelo menos 4.979.103 pessoas em todo o mundo desde o final de dezembro de 2019, segundo um balanço realizado pela agência de notícias francesa AFP com base em fontes oficiais. No total, 245.478.460 casos de infeção foram oficialmente diagnosticados desde o início da pandemia.

Nas últimas 24 horas registaram-se mais 9.063 mortes e 518.734 novos casos de covid-19 em todo o mundo. Os países que registaram o maior número de novas mortes nos seus levantamentos mais recentes são os Estados Unidos com 2.158 novas mortes, Rússia (1.163) e Índia (805, um número diário incluindo uma revisão em alta dos dados oficiais).

Os Estados Unidos são o país mais afetado em termos de mortes e casos, com 743.362 mortes para 45.826.252 casos, de acordo com o levantamento realizado pela Universidade Johns Hopkins. Depois dos Estados Unidos, os países mais afetados são o Brasil, com 607.068 mortes e 21.781.436 casos, a Índia com 457.191 mortes (34.246.157 casos), o México com 287.631 mortes (3.798.286 casos) e a Rússia com 236.220 mortos (8.432.546 casos).

Entre os países mais atingidos, o Peru é o que apresenta o maior número de mortes em relação à sua população, com 607 mortes por 100.000 habitantes, seguido pela Bósnia-Herzegovina (350), Macedónia do Norte (341), Bulgária (340), Montenegro (332) e Hungria (318).

A América Latina e Caraíbas totalizaram até hoje 1.518.894 mortes por 45.856.451 casos, a Europa 1.391.197 mortes (73.742.685 casos), a Ásia 868.358 mortes (55.708.948 casos), os Estados Unidos e Canadá 772.255 mortes (47.534.184 casos), a África 217.795 mortes (8.490.389 casos), o Médio Oriente 207.862 mortes (13.893.323 casos) e a Oceania 2.742 mortes (252.483 casos).

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