Esta morgue, instalada na pista de patinagem sobre gelo de um centro comercial em Madrid, é a segunda instalação provisória com estas características a ser fechada na região, depois de ter sido encerrada a 14 de abril a do Palácio do Gelo de Majadahonda.

Mantém-se aberta a instalada no edifício projetado para acolher o Instituto de Medicina Legal na falhada Cidade da Justiça de Madrid.

Os três espaços receberam em conjunto 1.785 mortos: 1.145 o Palácio do Gelo de Madrid (a primeira morgue provisória aberta a 24 de março), 162 o de Majadahonda e 478 o edifício do Instituto de Medicina Legal.

Na cerimónia de hoje, presidida pela ministra da Defesa, Margarita Robles, e onde também estiveram a presidente da comunidade, Isabel Dias-Ayuso, e o presidente da câmara de Madrid, José Luis Martinez-Almeida, fez-se um minuto de silêncio pelos mortos.

Dirigindo-se aos familiares, Robles disse que os mortos foram tratados “com dignidade”.

“Não pudemos salvar-lhes a vida, mas as nossas Forças Armadas (…) não os deixaram sozinhos nem um minuto”, realçou.

Lamentou ainda assim que a pandemia “tenha obrigado as famílias a estarem separadas” e que os mortos não tenham tido “um funeral como deveria ser”.

“Vamos estar unidos agora mais do que nunca”, adiantou a ministra.

A Espanha é o terceiro país com mais mortos em todo o mundo: 21.717 mortos, em mais de 208.000 casos de infeção.

Em Portugal, morreram 762 pessoas das 21.379 registadas como infetadas, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.

Segundo um balanço da agência France Presse, a pandemia de covid-19 já provocou cerca de 178.000 mortos e infetou mais de 2,5 milhões de pessoas em 193 países e territórios.

Mais de 583 mil doentes foram considerados curados.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.