“Os trabalhadores da Administração Pública ficarão, a partir da próxima semana, em regime de teletrabalho sempre que as funções que exercem o permitam”, afirma fonte oficial do Ministério liderado por Alexandra Leitão numa nota enviada à Lusa.

A recomendação, que partiu do Ministério da Modernização do Estado e da Administração Pública, “será dada aos serviços pelas respetivas áreas governativas setoriais”, acrescenta a mesma fonte.

A decisão surge depois de esta madrugada o Governo ter anunciado várias medidas para trabalhadores e empresas devido à pandemia de Covid-19 que foram aprovadas em Conselho de Ministros.

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde comunicou hoje que o número de pessoas infetadas subiu para 112.

O surto de COVID-19 foi detetado em dezembro, na China, e já provocou mais de 5.000 mortos em todo o mundo. A Organização Mundial de Saúde (OMS) decretou pandemia na quarta-feira. O número de infetados ultrapassou as 135 mil pessoas, com casos registados em cerca de 120 países e territórios.

Portugal ordenou o encerramento de todas as escolas a partir de segunda-feira, bem como outras medidas. Esta semana já tinha sido anunciado a suspensão de todos os voos de e para Itália.

DGS fez na quinta-feira novas recomendações à população.

Face ao avanço da pandemia, vários países têm adotado medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena inicialmente decretado pela China na zona do surto. Vários países na Europa, como Itália, Noruega, Irlanda, Dinamarca, Lituânia, França e Alemanha, encerram total ou parcialmente escolas, universidades, jardins-de-infância e outras instituições de ensino.

Nos últimos dias, Itália tornou-se o caso mais grave de epidemia fora da China e o Governo em Roma decidiu na segunda-feira alargar a quarentena, imposta inicialmente no norte do país, a todo o território italiano.

Na quarta-feira, as autoridades italianas voltaram a decretar medidas de contenção adicionais e ordenaram o encerramento de todos os estabelecimentos comerciais à exceção dos de primeira necessidade, como supermercados ou farmácias.

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