O controlo das fronteiras terrestres com Espanha está a ser feito desde as 23:00 de segunda-feira em nove pontos de passagem autorizada, exclusivamente destinados ao transporte de mercadorias e trabalhadores que tenham de se deslocar por razões profissionais, sendo o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) a entidade responsável pelo controlo nestes locais.

A GNR iniciou hoje em Vilar Formoso, no concelho de Almeida, distrito da Guarda, a vigilância da linha da fronteira com recurso a ‘drones'. 

Recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Caso apresente sintomas de doença respiratória, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24). Caso se dirija a uma unidade de saúde deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas; evitar o contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir;
  • Evitar o contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país onde se encontra.

No distrito da Guarda, o único local de passagem autorizada é em Vilar Formoso, a principal fronteira terrestre, que faz ligação com a localidade espanhola de Fuentes de Oñoro.

No âmbito da medida do Governo, foram encerradas na área do distrito da Guarda um total de dez fronteiras terrestres secundárias, nos concelhos de Figueira de Castelo Rodrigo, Almeida e Sabugal.

Com a utilização de ‘drones', o objetivo da GNR é "conseguir um controlo mais rigoroso de uma fronteira que é porosa, pois tem 100 quilómetros [na área do distrito da Guarda, desde Barca d'Alva - Figueira de Castelo Rodrigo até Foios - Sabugal] e locais onde podem passar carros ligeiros", segundo fonte do Comando Territorial da Guarda.

A fonte referiu hoje à agência Lusa que "apesar de existirem barreiras físicas" que impedem a circulação rodoviária entre os dois lados da fronteira, "é importante que haja um complemento de vigilância aérea", também para permitir poupar "os meios humanos".

Com o recurso aos ´drones', comandados à distância, aquela força policial garante "uma fronteira mais segura e mais vigiada".

A vigilância pelos aparelhos aéreos não tripulados, que hoje foi iniciada, pelas 15:00, na zona de Vilar Formoso, "numa área entre cinco a oito quilómetros em linha reta para cada lado", vai passar a ser feita diariamente, segundo o capitão Amorim Rodrigues, comandante da companhia da Unidade de Emergência de Proteção e Socorro (UEPS) da GNR.

O responsável indicou que os ‘drones' vão ser utilizados para vigilância de toda a linha de fronteira terrestre com Espanha.

O ‘drone' utilizado em Vilar Formoso, operado por dois elementos, não detetou qualquer situação anormal na área vigiada.

"O ‘drone' retira as coordenadas GPS dos locais considerados como pontos sensíveis, o que faz com que, quando tivermos necessidade, os militares deslocam-se diretamente a esses pontos. Também permite fazer imagem diretamente para um posto de comando, em, caso de necessidade", disse à Lusa Amorim Rodrigues.

Segundo o Ministério da Administração Interna, os pontos de fronteira em funcionamento são Valença-Tuy, Vila Verde da Raia-Verín, Quintanilha-San Vitero, Vilar Formoso-Fuentes de Oñoro, Termas de Monfortinho-Cilleros, Marvão-Valência de Alcântara, Caia-Badajoz, Vila Verde de Ficalho-Rosal de la Frontera e Vila Real de Santo António-Ayamonte.

Ao SEF cabe o controlo documental de pessoas, enquanto a GNR é responsável pela circulação rodoviária e pela vigilância da fronteira terrestre entre os postos de passagem autorizados acima identificados.

De acordo com o MAI, está vedada a circulação rodoviária nas fronteiras terrestres, independentemente do tipo de veículo, com exceção do transporte internacional de mercadorias, do transporte de trabalhadores transfronteiriços e da circulação de veículos de emergência e socorro e de serviço de urgência.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, infetou mais de 220 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 8.900 morreram.

Depois de surgir na China, em dezembro de 2019, o surto espalhou-se já por 176 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou hoje o número de casos confirmados de infeção para 785, mais 143 do que na quarta-feira.

Portugal encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de hoje.

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