À margem da cerimónia dos 30 anos da Volkswagen Autoeuropa, que decorreu em Palmela, distrito de Setúbal – e que contou também com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, António Costa foi questionado pelos jornalistas sobre se as medidas adotadas na quinta-feira pelo Conselho de Ministros para controlar a pandemia de covid-19 podem ser consideradas ligeiras e gerar um problema em janeiro.

“Nós adotamos as medidas que são razoáveis”, defendeu.

António Costa recordou que, quando em setembro, foram levantadas a generalidade das medidas referiu que “a pandemia não tinha acabado” apesar da boa taxa de vacinação e por isso apelou à responsabilidade individual na manutenção das máscaras, higiene das mãos ou distanciamento físico.

“Essa responsabilização tem que existir. Todas as pessoas têm consciência disso. Ontem [quinta-feira] apelei e recomendei que as famílias, antes de se juntarem todas no Natal, possam fazer um auto teste”, afirmou, recordando a “semana de contenção” decidida pelo Governo para depois do período festivo.

Segundo o primeiro-ministro, “não se justifica neste momento e nada indica que se venha a justificar qualquer tipo de confinamento”.

“Nós já no passado tivemos que determinar confinamento, encerrar um conjunto de atividades económicas. Hoje não seria uma medida nem necessária nem adequada”, enfatizou.

António Costa deu como exemplo todos os atores políticos, parceiros e especialistas que o Governo ouviu desde há uma semana a propósito das medidas a adotar.

“Ouvimos os peritos do Infarmed, ninguém recomendou medidas desse tipo. Tive oportunidade de ouvir todos os partidos políticos representados na Assembleia da República, nenhum partido recomendou esse tipo de medida. Temos mantido um diálogo com todos os parceiros sociais, ninguém recomendou esse tipo de medida. No diálogo que o Governo e Presidente da República mantêm quase diariamente ninguém defende esse tipo de medida, portanto é uma medida que não está em cima da mesa”, elencou.

Por isso, o chefe do executivo deixou claro aquilo que “está em cima da mesa”: “É todos termos no exercício da nossa liberdade a responsabilidade necessária para evitarmos estarmos a incorrer o risco de infetar os outros ou de sermos infetados”.

“Temos que combinar a proteção da vacinação com as outras proteções”, sintetizou.