As autoridades iranianas também identificaram 958 novos casos de contaminação por Covid-19, elevando o total para cerca de 9.000, segundo o porta-voz do Ministério da Saúde, Kianouche Jahanpour, numa conferência de imprensa transmitida pela televisão.

O líder supremo do Irão disse, na terça-feira, que a República Islâmica reconhecerá médicos e enfermeiros que morreram a combater o novo coronavírus como “mártires”, como os soldados mortos em batalha.

A decisão do líder supremo, o ‘ayatollah’ Ali Khamenei, ocorre no âmbito de uma campanha de propaganda que já tenta vincular a luta contra o vírus à longa e sangrenta guerra do Irão nos anos 80 com o Iraque.

Os números crescentes de baixas a cada dia no Irão sugerem que a luta contra o novo coronavírus está longe de terminar.

O facto de a Guarda Revolucionária estar envolvida no esforço de socorro de uma grande catástrofe, como esta que está a ocorrer no país, não é surpreendente no Irão.

A Guarda, cujas forças incluem cerca de 125.000 soldados e 600.000 voluntários prontos para missões, responde rotineiramente aos terramotos que abalam o país. Inundações recentes viram as suas tropas mobilizadas também.

As suas forças, que incluem virologistas, enfrentaram armas químicas durante a guerra de oito anos do Irão contra o Iraque.

A epidemia de Covid-19 foi detetada em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.200 mortos.

Cerca de 117 mil pessoas foram infetadas em mais de uma centena de países, e mais de 63 mil recuperaram.

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