Por outro lado, o país registou mais 90 mortes com a doença nas últimas 24 horas, aumentando o total de óbitos para 30.495.

Madrid continua a ser a comunidade autónoma com o maior número de infeções, tendo registado mais 5.086 do que o número notificado na terça-feira, o que significa mais de 35% da evolução nacional.

Deram entrada nos hospitais com a doença nas últimas 24 horas 1.299 pessoas, das quais 433 em Madrid, 160 na Andaluzia, 108 em Castela e Leão e 105 na Catalunha. Há em todo o país 10.143 pessoas hospitalizadas com a doença, das quais mais de um terço, 3.411, em Madrid, e 1.345 pacientes estão em unidades de cuidados intensivos.

Madrid limita mobilidade a mais de 850.000 de habitantes

A região de Madrid decidiu restringir, a partir de segunda-feira, a liberdade de movimentos a mais de 850.000 pessoas, 13% dos seus habitantes, de zonas da cidade onde houve um grande aumento dos contágios de covid-19.

A população afetada poderá sair do seu bairro para ir trabalhar, ao médico ou levar os seus filhos à escola, e o número de pessoas que se podem reunir é reduzido de 10 para 6.

"Devemos evitar o estado de emergência mas acima de tudo o confinamento, o confinamento é o desastre económico e deve ser evitado por todos os meios", disse a Presidente da comunidade autónoma de Madrid, Isabel Díaz Ayuso, na conferência de imprensa em que apresentou as novas medidas.

O encerramento de jardins e parques é outra das medidas anunciadas para ser implementada em 37 áreas sanitárias da capital espanhola, uma cidade que tem cerca de 6,6 milhões de habitantes num total nacional de 47 milhões.

No interior dessas zonas continua a ser possível circular, mas haverá uma redução da capacidade dos estabelecimentos de 50%, em termos gerais.

Itália com 1.907 novos casos

Itália registou um aumento dos casos de infeção pelo novo coronavírus nas últimas 24 horas, com 1.907, face aos 1.585 do dia anterior, e 10 mortes associadas à covid-19, segundo dados do Ministério da Saúde italiano.

No total, desde o início da pandemia no país, em fevereiro, Itália regista 294.932 casos e 35.668 mortes.

Continuam a aumentar o número de doentes nos hospitais, com 2.387 pessoas internadas, mas pela primeira vez em vários dias baixou o número de doentes com covid-19 internados em unidades de cuidados intensivos, que são 208 em vez dos 212 do dia anterior.

A região da Lombardía voltou a registar o maior número de novos casos, com 224, seguida da Campânia, 208, e de Lacio, com 192.

Reino Unido com mais 4.322 casos

O Reino Unido registou 4.322 novas infeções e 27 mortes devido à covid-19 nas últimas 24 horas, segundo o ministério da Saúde britânico, que hoje anunciou mais restrições em parte de Inglaterra.

Na quinta-feira tinham sido contabilizadas 3.395 novas infeções e 21 mortes.

O total acumulado desde o início da pandemia da covid-19 no Reino Unido passou hoje para 385.936 um de casos de contágio confirmados e para 41.732 óbitos num período de 28 dias após um teste positivo.

A direção geral de Saúde de Inglaterra estima que o índice de transmissibilidade efetivo (Rt) se encontre entre 1,1 e 1,4, acima do nível máximo de 1 considerado seguro. 

Isto levou ao anúncio de restrições mais apertadas para as regiões de Lancashire, Merseyside e West Yorkshire, no norte de Inglaterra, e partes do centro do país devido ao aumento significativo de casos.

Esta manhã o ministro da Saúde britânico, Matt Hancock, admitiu que o Governo conservador não descarta decretar um segundo confinamento nacional para conter a pandemia covid-19, embora considere esta opção um "último recurso".

“Não quero que isso aconteça”, e para evitá-lo é importante que “as pessoas se unam e reconheçam que estamos diante de um desafio sério”, afirmou à BBC.

A estação pública  noticiou hoje que o Executivo britânico está a avaliar a imposição de novas restrições em toda a Inglaterra na próxima semana, que incluiriam o encerramento de bares e restaurantes, mas mantendo escolas e locais de trabalho continuem abertos, devido ao aumento exponencial de infecções nos últimos dias.

Segundo a BBC, o diretor geral de saúde e o principal assessor científico do governo alertaram, numa reunião na quarta-feira, para o risco de um agravamento da situação epidémica e um número significativo de mortes até o final de outubro se não forem feitas mais intervenções.

O jornal Financial Times adianta que uma hipótese sugerida por cientistas que aconselham o governo é decretar um confinamento mais curto para coincidir com as férias escolares intercalares da última semana de outubro, limitando assim o impacto no ensino.