"A decisão do Governo é no sentido de estender até 13 de abril todas as medidas para limitar as atividades e o movimento das pessoas", explicou Speranza, durante uma intervenção no senado italiano.

Até agora, a Itália havia decretado o isolamento e o encerramento de atividades não essenciais até 03 de abril, pelo que será necessário atualizar o decreto.

O ministro enfatizou que, neste momento, é necessário "não cometer erros" ou cair no "otimismo fácil", porque "existe o risco de comprometer os sacrifícios realizados até agora" e "os primeiros sinais positivos não devem ser confundidos como um sinal de que o alarme cessou”.

"Os especialistas dizem que estamos no caminho certo e que as medidas drásticas estão a começar a dar frutos. Mas seria um erro imperdoável confundir esse primeiro resultado com uma derrota definitiva da covid-19. É uma batalha longa e não devemos baixar a guarda”, declarou Speranza.

O ministro da Saúde também alertou que "sem uma vacina, a covid-19 nunca será vencida".

"Por um curto período, teremos de saber como gerir essa fase de transição e evitar a explosão de novos surtos", acrescentou.

"A investigação científica será decisiva na nossa batalha para derrotar este vírus", acrescentou, considerando que "investimentos estratégicos em saúde serão o tema principal do reinício nacional".

A Itália registou 12.428 mortes e 105.792 infetados, sendo que o Instituto Superior de Saúde garantiu que a curva atingiu o seu pico, passando agora para uma fase plana que durará vários dias e, depois, começará a descer.

Speranza também apontou que "este não é momento para divisões" e afirmou que "um clima político unificado é a condição para manter o país unido num momento muito difícil".

"Nunca antes as antigas disputas geopolíticas pareciam ultrapassadas. É hora da solidariedade, ninguém está a salvo sozinho", declarou.

Para esse fim, o primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, realizará hoje uma reunião com líderes da oposição sobre decretos relacionados ao novo coronavírus que devem ser aprovados no parlamento.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 828 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 41 mil.

Dos casos de infeção, pelo menos 165 mil são considerados curados.