Trata-se de um aumento sem precedentes de casos que coincide com o maior número de testes de diagnóstico realizados, 215.085, quando em Itália já foram infetadas 647.674 pessoas desde o início da crise sanitária, em meados de fevereiro.

A morte de 199 pessoas desde quinta-feira segue em linha com a tendência da semana passada e aumenta o saldo de óbitos para 38.321.

Atualmente, estão ativos 325.786 casos com a covid-19, dos quais a grande maioria está em casa com sintomas leves ou nenhum sintoma.

No entanto, a pressão sobre os hospitais continua a crescer, e preocupa as autoridades: hoje estão 18.740 doentes internados (mais 1.125 que no dia anterior) e 1.746 necessitando de cuidados intensivos (mais 95).

A região mais afetada continua a ser a Lombardia, com 8.960 novos casos, a maior parte na capital, Milão, sendo esta uma das áreas onde devem ser aplicadas novas medidas restritivas para combater a pandemia.

Em seguida, vem a Campânia (sul), com 3.186 novos casos, e, no norte, Veneto (3.012) e Piemonte (2.719), todos também sob a atenção das autoridades.

Tudo parece indicar que a Itália caminha para um cenário em que medidas como confinamentos leves e circunscritos a certas cidades ou regiões não estão descartadas, embora até ao momento não haja anúncios oficiais.

O Governo ainda aguarda a avaliação dos efeitos do último decreto do passado domingo, com o qual encerrou teatros, cinemas, salas de espetáculos, ginásios e piscinas e limitou a abertura de bares e restaurantes até às 18:00.

Embora o primeiro-ministro, Giuseppe Conte, sempre tenha defendido evitar um novo confinamento total, os meios de comunicação social antecipam que, se a tendência não mudar, medidas como as que estão a ser aplicadas na Alemanha e em França poderão ser tomadas até ao final da próxima semana.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,1 milhões de mortos e mais de 45,1 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.