“Vou prolongar até 31 de maio o estado de emergência declarado a 07 de abril. Todas as prefeituras do país estão abrangidas", disse Shinzo Abe sobre as medidas de combate à pandemia, que estava previsto que terminassem na quarta-feira.

O anúncio foi feito numa reunião da equipa governamental que supervisiona as medidas de combate à COVID-19, que no Japão já fez mais de 500 mortos.

Na sua intervenção, transmitida pela televisão pública, Abe disse que no dia 14 de maio haverá uma reunião de especialistas para reavaliar a situação e que nessa ocasião poderá ser levantado o alerta sanitário antes de 31 de maio, em função do número de contágios.

Abe convocou uma conferência de imprensa para as 18:00 (10:00 em Lisboa) para dar mais explicações sobre a decisão anunciada hoje.

O estado de emergência foi inicialmente declarado para a área metropolitana de Tóquio e outras seis prefeituras, mas foi posteriormente alargada a todo o país.

O último balanço oficial indica que 15.057 pessoas foram contagiadas desde o primeiro caso no Japão, detetado em meados de janeiro, e 510 pessoas morreram devido à COVID-19.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 245 mil mortos e infetou mais de 3,4 milhões de pessoas em 195 países e territórios. Mais de um milhão de doentes foram considerados curados.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.

Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, alguns países começaram a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos a aliviar diversas medidas.