Numa conferência de imprensa do Mecanismo Conjunto de Prevenção e Controlo do Conselho de Estado da China, o diretor-geral da Sinovac Biotech, Gao Qiang, disse que o laboratório arrancou já com a pesquisa e desenvolvimento de novas vacinas.

O responsável acrescentou que a empresa está a iniciar o estudo da variante do coronavírus SARS-CoV-2, conhecida por P1, identificada pela primeira vez no estado brasileiro do Amazonas.

A quantidade de dados recolhidos em estudos clínicos no Brasil da CoronaVac, uma vacina já desenvolvida pelo Sinovac Biotech, é enorme e requer mais tempo para ser organizada e analisada, disse Gao Qiang.

O investigador disse, no entanto, que a CoronaVac tem até agora dado mostras de ser eficaz contra variantes encontradas em 10 países.

O Butantan, um instituto de investigação brasileiro subordinado ao governo regional do estado de São Paulo, embala e também desenvolve a produção da CoronaVac, que é usada em 90% dos vacinados no Brasil.

Na mesma conferência de imprensa, o vice-presidente do China National Biotech Group, Zhang Yuntao, disse que os investigadores da subsidiária do laboratório estatal Sinopharm estão a testar a capacidade da vacina BBIBP-CorV para prevenir a infeção pelas variantes detetadas no Brasil e no Zimbabué.

O responsável revelou que as experiências, que usam dados de testes clínicos realizados na China e no estrangeiro, já demonstraram bons resultados contra as variantes encontradas na África do Sul e no Reino Unido.

A variante brasileira já foi identificada em 15 países ou territórios no continente americano, avançou na sexta-feira a agência France-Presse (AFP).